Apesar de ter ganhado fama após participar do “Big Brother Brasil 16”, Adélia Soares segue na carreira de advogada que exercia antes do reality show. E atualmente está com um caso grande (e polêmico) nas mãos. A paulista representa a funkeira MC Mirella que é investigada pela Polícia Federal por suposto envolvimento com uma quadrilha de exploração sexual e tráfico de mulheres.
“A polícia começou a investigar essa quadrilha, e diante dessa situação solicitaram que a Mirella fosse ouvida, na condição de vítima e testemunha. Quando tinha 16 anos, entraram em contato com ela para fazer trabalhos divulgando produtos. (…) Não havia contrato, foi um contrato verbal. Minha cliente recebeu o cachê, foi ao local da divulgação, mas a divulgação acabou não acontecendo, ou nunca existiu. Não houve prestação de trabalho sexual ou algo desse sentido”, disse Adélia em um vídeo publicado em suas redes sociais.
A ex-BBB também comentou sobre uma imagem em análise na investigação em que Mirella conversa com outra jovem, que sugere um possível envolvimento no esquema. Para a advogada, tudo é um mal entendido:
“O contratante (da divulgação) pediu para que ela entrasse em contato com outra menina. Ela fez o contato, a moça recusou e assim esgotaram a conversa. A Mirella nunca recebeu comissão por levar alguém pra eles, isso nunca existiu. Ela foi ouvida pela justiça na qualidade de vítima e testemunha.”
Investigados desde 2019 pela Operação Harém BR, a quadrilha trabalha oferecendo possíveis oportunidades de emprego a mulheres por meio de viagens, mas, ao chegarem nos locais de trabalho, as meninas são obrigadas a prestarem atividades sexuais e, na maioria das vezes, enviadas ilegalmente a países da América Latina, Europa e América do Norte. A modelo Núbia Óliiver é uma das investigadas, ela é acusada de ser uma das responsáveis pelo esquema, junto ao empresário Otávio Cotait, como revelou o “Fantástico”.
O primeiro alvo da operação foi preso no final do mês passado, em São Paulo. A Polícia Federal segue investigando suspeitos em Goiás, Paraná e Mato Grosso. Há também procurados na Austrália e nos Estados Unidos.
Repercussão
Para além do caso, fãs de Adélia pelo “BBB16”, que não sabiam da sua atuação profissional, se surpreenderam com a aparição da advogada no “Fantástico” para defender MC Mirella.
Especialista em direito do consumidor, Adélia é advogada há mais de 20 anos. Nascida em Suzano, no interior de São Paulo, durante 12 anos atuou como diretora do Procon da cidade. Em 2012 abandonou o cargo e fundou o Instituto de Defesa ao Consumidor (Idecon), e hoje trabalha como advogada contratualista.
Fonte: Extra