Botafogo perde para o Fortaleza e se afunda ainda mais na zona de rebaixamento

É bem verdade que o Botafogo já chegou a ter uma série de dez jogos sem vencer no Brasileirão. Mas ao perder para o Fortaleza, no Nilton Santos, por 2 a 1, o alvinegro atingiu outra marca negativa: pela primeira vez neste ano, perdeu o terceiro jogo consecutivo.

Isso aponta para a queda de aproveitamento em um período que ainda é de transição no comando técnico: Ramón Díaz ainda nem se recuperou da cirurgia para,, enfim, comandar o time à beira do campo. Ao mesmo tempo, o avançar do calendário alucinante já separa os times na tabela, definindo suas pretensões na Série A.

Com os resultados da rodada, o Botafogo está quatro pontos de distância da saída da zona de rebaixamento. Evitar que a sequência no Brasileirão não chegue a seis derrotas seguidas vai ser tarefa complicada, já que os próximos três adversários estão na parte de cima da tabela: Atlético-MG, Flamengo e São Paulo.

Ver o Botafogo jogar é como assistir ao esforço de alguém que caiu na areia movediça. Quanto mais o time se debate, mexe braços e pernas, mais se afunda.

Contra o Fortaleza, não dá para criticar a falta de iniciativa. Não é questão de postura. Mas envolve organização e qualidade técnica. E isso o Bota está devendo faz tempo.

Há um problema de criatividade inegável. O portfólio do Botafogo tem chutes de longa distância e cruzamentos na área. Quando os centravantes, seja Babi ou Pedro Raul, não acham espaço, as coisas se dificultam.

O chute de longe demanda muitas tentativas. Honda, por exemplo botou Felipe Alves para trabalhar. Mas foi Warley quem acertou o pé, já no segundo tempo.

O problema é que àquela altura o Botafogo já perdia por 2 a 0. O tiro certeiro do meia apareceu na reta final do segundo tempo, como um fio de esperança na busca de um ponto que não apareceu.

O Fortaleza foi frio e calculista. O primeiro gol foi fruto de uma jogada individual de Romarinho: Bergson empurrou para o gol. O segundo, quem fez fila e balançou as redes foi David.