Com mais eliminações do que vitórias, aproveitamento de Ceni no Fla lembra tempos de Cruzeiro

A passagem de Rogério Ceni durou apenas 46 dias, ou oito jogos, em um período turbulento e minado pela má relação com lideranças do vestiário. No Flamengo, o técnico, por sua vez, faz questão de sempre enaltecer o comprometimento do elenco, mas os números também têm apertado o calo do comandante. Neste momento, em seis jogos pelo Rubro-Negro, o aproveitamento é o mesmo dos tempos da Raposa: 33,33%. 

No Flamengo, Ceni, que chegou no olho do furacão e na semana da ida das quartas da Copa do Brasil, diante do São Paulo, possui a ingesta constatação: acumula mais eliminações (2) do que vitórias (1) pelo clube.

O único triunfo de Rogério Ceni pelo Fla, até aqui, ocorreu contra o Coritiba, por 3 a 1, no Maracanã e pela 22ª rodada do Brasileiro. Ainda soma duas derrotas, ambas para o São Paulo na Copa do Brasil, e três empates (no tempo regulamentar): um contra Atlético-GO, em casa, e os dois diante do Racing-ARG – responsáveis pela queda na Libertadores, na última terça, nos pênaltis.

Na entrevista coletiva após a mais recente eliminação (nas oitavas do torneio continental), Ceni já foi questionado, inclusive, se sente-se pressionado para ser demitido do cargo. A resposta do treinador de 47 anos foi a seguinte:

– Eu acredito que eu posso continuar fazendo o meu melhor todos os dias. Isso é o que eu posso fazer. Posso controlar trabalho, melhorar intensidade, fazer o time pressionar mais, melhorar a parte técnica e a parte tática. Só não posso controlar o resultado.

Rogério conta com a confiança do plantel rubro-negro, que apoiou a sua contratação e tem o elogiado. Ceni também já avisou que priorizaria o estilo de jogo cuja metodologia seja próxima à de Jorge Jesus: “É o jeito que eles mais gostam”, destacara o técnico, na última semana.

Fonte: Lance