Sobrevivente de voo da Chapecoense escapou da morte em novo acidente

Um dos seis sobreviventes do trágico voo da Chapecoense de 2016, que matou 71 pessoas, o ex-técnico de aeronave, Erwin Tumiri, escapou mais uma vez da morte. Na terça-feira, dia 2, boliviano estava em um ônibus que caiu de um barranco de 150 metros no quilômetro 72 na rodovia Cochabamba-Santa Cruz, na Bolívia. O veículo capotou perto da cidade boliviana de Ivirgarzama. Até o momento, 21 pessoas morreram e 30 ficaram feridas, entre elas Tumiri, que está com 30 anos. A irmã do sobrevivente do voo da Lamia, Lucía Tumiri, afirmou que ele está vivo por milagre divino. Em entrevista ao jornal Los Tiempos, ala disse que ele teve apenas ferimentos leves e está bem.

“Ele está estável, graças a Deus, mais uma vez ele foi salvo. Ele teve ferimentos leves. Fiquei muito preocupada, sinto-me feliz pelo meu irmão. Ele está com ferimentos no joelho e arranhões nas costas, está com um corte no joelho. Eu conversei com ele e ele disse que está bem. É com a força do Senhor, ele sempre cuida de nós e tem o seu tempo”, afirmou a irmã à publicação local.

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Ao jornal argentino “Olé”, Lucía disse que foi avisada do acidente por volta das 22h (horário local). Evangélica, assim como o próprio ex-técnico de aeronave, ela reforçou que a fé deles o ajudou a sobreviver mais uma vez.

“Me ligaram às 22h e me falaram que ele estava naquela frota. Me falaram que ele estava estável, internado na sala comunal. Estou tranquila, nosso Pai Criador tem poder. Ele protegeu meu irmão, e agradeço ao Senhor. Sou evangélica, meu irmão também tem seu grupo”, disse.

Depois do acidente, Tumiri resolveu estudar e se formou como piloto. Atualmente, ele trabalha para aeronaves particulares na Bolívia. Até 2019, ele estudava no país para ser piloto de aviões comerciais.

Na época do acidente, Tumiri concedeu uma entrevista exclusiva ao “Fantástico” em que ele fez duas revelações: a primeira, a de que em nenhum momento os pilotos avisaram aos passageiros e a tripulação de que a aeronave estava enfrentando uma emergência. A segunda, relacionada à causa da queda, foi ter sido informado pouco antes da decolagem que não haveria a escala para reabastecimento em Cobija, na fronteira da Bolívia com o Brasil.

— Como técnicos, nós recebemos o plano de voo, e nós nos preocupamos. A Lamia tem os seus gerentes que estipulam o volume de combustível. Eu faço meu trabalho (abastecer), e sigo o que me mandam. Eu fiz o relatório de que íamos até Cobija, mas no momento da decolagem quando voltei a perguntar: “Vamos até Cobija?” Foi quando me responderam “Não, vamos direto a Medellín“. Mas acho que pode não ter sido uma boa ideia a do piloto ou a do responsável.

Fonte: Extra