Preço do petróleo despenca com disseminação do coronavírus na Europa

Os preços do petróleo caíram cerca de 3% nesta terça-feira, 25, no terceiro dia de recuo, à medida que as preocupações com a disseminação do coronavírus aumentavam depois que o governo dos Estados Unidos alertou os norte-americanos para que se preparem para a chegada da doença. A venda acelerou depois que os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos disseram que os norte-americanos deveriam começar a se preparar devido à expansão do novo coronavírus, após relatos nesta semana de novos casos em vários outros países. O petróleo Brent, o mais negociado, caiu 1,35 dólar, ou 2,4%, para 54,95 dólares por barril.

As ações em todo o mundo caíram nesta terça-feira para o menor nível desde o início de dezembro e o rendimento da dívida dos Estados Unidos atingiu um nível recorde devido às preocupações com o impacto econômico da propagação do vírus.

Na segunda-feira 24, ministros das finanças do G20 e presidentes de bancos centrais declararam que o novo coronavírus constitui risco para a economia global e concordaram em adotar políticas sobre o caso. As principais bolsas da Europa voltaram a fechar o dia em queda, depois de as notícias do surto de coronavírus na Itália acometerem os ganhos dos acionistas no primeiro dia da semana. A bolsa de valores do país fechou o pregão em recuo de 1,44% – a nova queda acontece no dia seguinte de as ações registrarem queda de 5,4%, que levou a Bolsa de Milão a amargar seu pior dia desde meados de 2016. 

Na noite desta terça-feira, o Ministério da Saúde confirmou que um homem de 61 anos que regressou no último dia 21 da Lombardia, no Norte da Itália, testou positivo para coronavírus. Ele permaneceu na Itália do dia 9 ao dia 21 de fevereiro em uma viagem a trabalho e sozinho. O homem, que não teve a identidade divulgada, está passou por observação no Hospital Israelita Albert Einstein, na Zona Sul da capital paulista, mas, segundo a instituição, foi enviado para casa – onde ficará isolado pelos próximos 14 dias.

Fonte: Veja