Ministério Público da Bolívia pede prisão de Evo por terrorismo

O Ministério Público da Bolívia pediu nesta segunda-feira (6) a detenção e a extradição do ex-presidente Evo Morales, por uma acusação de terrorismo. Evo, que renunciou há oito meses, vive com o status de refugiado em Buenos Aires.

A acusação foi emitida por uma comissão de promotores anti-corrupção, por conta do chamado “caso áudio”, que investiga uma gravação telefônica em que o ex-presidente convoca apoiadores na Bolívia a bloquear ruas e estradas durante as tensões que ocorreram depois de sua saída do país por pressão do Exército.

Esses áudios revelam conversas de Evo Morales com o ativista e dirigente cocaleiro Faustino Yucra.

“De acordo com as investigações, é evidente que o chefe de Estado e Yucra mantiveram comunicação mediante chamadas telefônicas no dia 14 de novembro de 2019, desde a Cidade do México [onde Evo esteve, antes de ir para a Argentina] até El Torno, na Bolívia, onde estava Yucra”, diz o comunicado do Ministério Público.

“Nessa conversa, Morales instruiu o dirigente cocaleiro a cometer atos ilícitos durante os episódios violentos registrados no país a partir do dia 10 de novembro.”

Na gravação, a voz identificada como sendo a de Evo diz: “Irmão, que não entre comida nas cidades, vamos bloquear, armar um cerco de verdade”.

Em entrevista recente à Folha de S.Paulo, o candidato à Presidência Carlos Mesa confirmou que há evidências de que Evo esteve por trás dos levantamentos populares contra a posse da interina Jeanine Añez, inclusive causando bloqueios em sistemas de abastecimento de comida e de coleta de lixo.

“Nessa conversa, Morales instruiu o dirigente cocaleiro a cometer atos ilícitos durante os episódios violentos registrados no país a partir do dia 10 de novembro.”

Na gravação, a voz identificada como sendo a de Evo diz: “Irmão, que não entre comida nas cidades, vamos bloquear, armar um cerco de verdade”.

Em entrevista recente à Folha de S.Paulo, o candidato à Presidência Carlos Mesa confirmou que há evidências de que Evo esteve por trás dos levantamentos populares contra a posse da interina Jeanine Añez, inclusive causando bloqueios em sistemas de abastecimento de comida e de coleta de lixo.

Fonte: Reuters