Trump afirma que 'tempo dirá' que administração estará no futuro à frente dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falou publicamente pela primeira vez nesta sexta-feira (13) desde que as projeções apontaram sua derrota para Joe Biden, e afirmou que “o tempo dirá” qual será a administração dos EUA no futuro.

O breve comentário representa uma mudança de discurso –ainda que tímida e sem citar seu oponente — em relação à sua até então ostensiva recusa em admitir que perdeu.

Trump falou no Jardim das Rosas da Casa Branca sobre a “Operação Warp Speed”, na qual o governo fez parceria com empresas farmacêuticas para criar e distribuir uma vacina contra o coronavírus. O programa distribuiu US$ 13 bilhões (R$ 71 bilhões) entre ao menos 14 candidatas a vacina contra Covid-19.

O presidente afirmou que espera que uma vacina esteja disponível para toda população do país em abril. Também disse que espera uma autorização de uso de emergência para a vacina da Pfizer “extremamente em breve”.

As grandes redes de TV dos EUA anunciaram nesta sexta a projeção do resultado final da eleição: o democrata Biden obteve 306 votos no Colégio Eleitoral contra 232 para o presidente republicano. Ironicamente, o número é o inverso do que deu a vitória surpreendente de Trump sobre Hillary Clinton em 2016.

Biden, que obteve quase 78 milhões de votos em todo o país, mais de cinco milhões a mais do que Trump, foi declarado vencedor nesta sexta-feira na Geórgia, onde os democratas não venciam desde 1992 com Bill Clinton. O resultado consolidou sua vitória.

Trump venceu na Carolina do Norte, mas não foi o suficiente para superar a liderança de Biden no Colégio Eleitoral de 538 membros. Fechado na Casa Branca, de onde só saiu para jogar golfe no fim de semana e comparecer a uma breve cerimônia do Dia dos Veteranos na quarta-feira, Trump repetiu várias vezes no Twitter que ganhou a reeleição, enquanto promove ações judiciais para questionar os resultados sem provas relevantes.

No entanto, autoridades eleitorais de todo o país disseram que as eleições foram “as mais seguras da história dos Estados Unidos”, ressaltando que “não há evidências” de votos perdidos ou trocados, nem de sistemas de votação alterados.

O horizonte continuou escurecendo para o presidente republicano depois que Biden recebeu cumprimentos não só de aliados americanos históricos, como Reino Unido, Israel e França, mas também da China.

Assim, Trump e seu entorno parecem viver em uma realidade paralela.

Fonte: G1