Sesapi não cumpre acordo e mais de 20 remédios essenciais estão em falta na Farmácia de Medicamentos Excepcionais

O Ministério Público do Piauí (MP-PI) realizou uma reunião com representantes da Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) e fornecedores de medicamentos para discutir a falta de alguns remédios na Farmácia de Medicamentos Excepcionais. 

De acordo com o órgão, a Farmácia vive um “caos” e, o grande entrave da questão, é a falta de repasse dos pagamentos, por parte do governo do Piauí, para os contratados.

“No mês de agosto realizamos uma audiência pública e nesta, foi constatada que um dia grandes entraves para a continuidade do fornecimento dos medicamentos excepcionais, é a falta de pagamento do estado do Piauí, especialmente da Sesapi para com os fornecedores contratados através de licitação. Naquela oportunidade, já deixamos o secretário de Saúde do Estado, Florentino Neto, em alerta. Pois no final do ano as coisas ficam muito mais difíceis, porque as fábricas de medicamentos fecham para férias coletivas. Então, não adianta apenas pedir empenho aos fornecedores, é necessário todo um trabalho prévio de pagamentos, para que não se torne um caos no final do ano, que é o que a gente está vendo”. Disse o promotor de Justiça Eny Marcos Vieira Pontes.

O MP-PI ainda alertou que ao todo, mais de 21 medicamentos especiais estão faltando na Farmácia, entre estes, insulina para os diabéticos. Na audiência, a Sesapi havia feito um parcelamento da dívida junto aos fornecedores, entretanto, não cumpriu o acordo.

“Hoje são 21 medicamentos que estão em falta. Medicamentos esses essenciais, que as pessoas precisam diariamente. À época dessa audiência pública, o secretário se comprometeu com os fornecedores em parcelar os débitos e foi parcelado em quatro vezes. Entretanto, apenas uma dessa parcelas foi paga, no mês de setembro. Uma outra foi paga na semana passada, consequentemente, deu um certo alívio aos fornecedores, e eles aceitaram novos empenhos e vão fornecer, dentro da sua capacidade, e também dentro do têm exíguo, o que é possível fornecer dentro desse período de final de ano. Mas eu tenho certeza que o ano vai terminar com medicamentos em falta. Porque não se poder fornecer e nem entregar medicamentos da noite para o dia”, reiterou o promotor.