CPI ouve servidora da Saúde apontada por autorizar compra da Covaxin; acompanhe

A CPI da Pandemia inicia nesta terça-feira (6) sua décima semana de trabalhos e ouve agora a servidora Regina Célia Silva Oliveira, fiscal de contratos no Ministério da Saúde.

Regina Célia foi apontada pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e pelo irmão dele, Luis Ricardo, também servidor do Ministério da Saúde, como a responsável por autorizar e fiscalizar a importação de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin.

As possíveis irregularidades nas negociações de compra do imunizante são uma das atuais linhas de investigação da CPI da Pandemia. De acordo com o depoimento dos irmãos Miranda, a fatura de pagamento autorizada por Regina Célia, referente ao contrato de aquisição do imunizante, apresentava indícios de irregularidade.

À CPI, o deputado federal Luis Miranda revelou que apresentou o caso ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Na ocasião, o parlamentar contou que o chefe do Executivo parecia já ter conhecimento sobre as pressões para que o contrato para a aquisição da Covaxin fosse fechado.

Segundo relato de Miranda, Bolsonaro teria dito que o responsável pelos “rolos” na compra dos imunizantes seria o deputado federal e líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).

Regina Célia foi nomeada para atuar no Ministério da Saúde – na Secretaria de Vigilância em Saúde – quando Barros era o chefe da pasta, em 2018. Ela, que atuava no ministério desde 2006, já havia passado por outas lotações. Os requerimentos que estavam previstos para votação nesta terça-feira (6) ficarão para a sessão desta quarta-feira (7).

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