Governo do Acre decreta estado de emergência devido à estiagem e queimadas

O governo do Acre decretou, na manhã desta sexta-feira (23), estado de emergência devido ao período de estiagem no estado e o número de queimadas. A publicação foi divulgada no Diário Oficial do estado e o governador Gladson Cameli falou em coletiva sobre a situação das cidades.

O decreto leva em consideração a escassez de chuva, a baixa umidade relativa do ar e as queimadas. Na manhã desta sexta-feira, o rio Acre chegou a 1,55 metro.

“Os meses de agosto e setembro são historicamente de maior criticidade de ocorrência de incêndios florestais e queimadas urbanas, devido aos baixos índices de precipitação pluviométrica e fluviométrica, em consequência a baixa umidade relativa do ar e a elevada emissão de monóxido de carbono e material particulado no ar”, pontua.

O anúncio de estado de emergência ocorre uma semana depois do governo ter decretado estado de alerta ambiental – no último dia 16. Com a medida, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) pôde pedir apoio técnico e logístico do estado para combater e controlar os incêndios ambientais.

Queimadas

De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente, o número de queimadas aumentou consideravelmente, se comparado ao ano passado. De janeiro até 22 de agosto do ano passado, foram registradas 852 queimadas. Já este número saltou para 2.498 entre janeiro até 20 de agosto deste ano – um aumento de mais de 190%.

Se comparado apenas os dias de agosto o acréscimo é relevante. De 1º a 22 de agosto de 2018, foram 408 focos de queimadas, que subiram para 2.123, subindo em mais de 400% o número de registros.

Além disso, foi criada a sala de situação de alerta ambiental, comandada pela Cedec, com apoio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e coordenação operacional do Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBM-AC).

Contratação de brigadistas

Em abril, o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles decretou emergência ambiental no Acre entre os meses de abril e novembro deste ano. Porém, esse documento autorizou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) no Acre a contratar, temporariamente, 30 brigadista pelo período de seis meses.

Em todo país, foram 2.520 mil brigadistas temporários. Os profissionais atuam no combate de emergências ambientais durante os incêndios.

Seca histórica em 2016

O governo decretou emergência ambiental devido à forte estiagem foi na seca história registrada no estado, quando o Rio Acre, em Rio Branco, atingiu sua mínima de 1,49 metro. Em agosto de 2016, a União reconheceu a situação de emergência em nove cidades do estado devido às consequências da forte estiagem.

No decreto, as cidades de Acrelândia, Assis Brasil, Brasiléia, Bujari, Epitaciolândia, Plácido de Castro, Porto Acre, Rio Branco e Xapuri receberam recursos federais para a reconstrução da áreas degradadas.

Fonte: G1