Presidente Bolsonaro recebe líderes sul-americanos na 55ª Cúpula do Mercosul

O presidente Jair Bolsonaro participa nesta quinta-feira (5), em Bento Gonçalves (RS), da 55º cúpula dos líderes do Mercosul, bloco formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Na ocasião, ele passará a presidência rotativa do grupo ao presidente paraguaio Mario Abdo Benítez. Também estarão presentes no evento o presidente da Argentina, Maurício Macri, e representantes da Colômbia, Equador, Peru e Suriname.

Segundo o Planalto, Bolsonaro embarca às 6h desta quinta para Porto Alegre, de onde seguirá de helicóptero até Bento Gonçalves.

Sete ministros integram a comitiva presidencial: Paulo Guedes (Economia), Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Tereza Cristina (Agricultura Pecuária e Abastecimento), Fernando Mandetta (Saúde), Osmar Terra (Cidadania) e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Os principais eventos da cúpula ocorrerão no Hotel & Spa do Vinho.

  • 11h: Reunião plenária da 55ª cúpula de chefes de Estado do Mercosul
  • 12h30: Cerimônia de assinatura de atos
  • 12h45: Fotografia oficial
  • 12h50: Cerimônia de plantio das “Vinhas do Mercosul”
  • 13h30: Almoço em homenagem aos chefes de delegação e de Estado
  • 14h45: Declaração à imprensa

‘Cúpula do Vale dos Vinhedos’

A “Cúpula do Vale dos Vinhedos”, como está sendo chamado o primeiro encontro de líderes do Mercosul realizado no Rio Grande do Sul, ocorre em um momento de mudanças de governos em dois integrantes do bloco e de tensões comerciais e políticas na América do Sul, entre as quais:

  • Posse de Alberto Fernández como presidente na Argentina na próxima terça-feira (10), que marca a volta da esquerda ao poder;
  • Eleição do centro-direitista Luis Lacalle Pou como presidente do Uruguai, que encerra um ciclo de 15 anos da esquerda à frente do país;
  • Renúncia de Evo Morales, autodeclaração de Jeanine Añez como presidente interina e conflitos nas ruas da Bolívia;
  • Onda de protestos no Chile iniciada em setembro, após um aumento de 30 pesos (equivalente a R$ 0,17) nas tarifas do metrô de Santiago;
  • Anúncio pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, da volta de taxas ao aço e ao alumínio de Brasil e Argentina.

Fundado em 1991, o Mercosul incorporou a Venezuela em 2012. Porém, o país governado por Nicolás Maduro está suspenso por descumprir obrigações da adesão e por “ruptura da ordem democrática”.

De acordo com Itamaraty, em 2018, o Brasil exportou US$ 20,83 bilhões para os parceiros do Mercosul e importou US$ 13,37 bilhões – o que dá superávit de US$ 7,46 bilhões.

Fonte: G1