Projeto doa máscaras e cloro no Vidigal e na Rocinha

“Ou ele faz a higiene da família ou bota comida em casa”. A declaração, feita por uma moradora do Vidigal, na Zona Sul do Rio, retrata a realidade de pessoas que vivem em comunidades e enfrentam a pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2).

Para amenizar essa situação, o projeto “De Olho no Lixo, De olho no Corona” resolveu fazer doações de máscaras e cloro para a população se prevenir contra a Covid-19. Eliana Gomes de Araújo, de 46 anos, é secretária e foi uma das beneficiadas:

“Esse projeto é de fundamental importância. Tem gente aqui [no Vidigal] que tem que escolher entre um arroz com feijão ou comprar um cloro. Ou ele faz a higiene da família ou bota comida em casa. É difícil. Uma cartela de ovo está cara, muita gente não consegue pagar. Essa doação faz toda diferença”, contou a moradora do Vidigal.

A comunidade do Vidigal, localizada no Leblon, na Zona Sul do Rio, tem 9,6 mil habitantes. A favela teve seu primeiro registro de ocupação em 1941, segundo moradores e líderes comunitários. As informações sobre o Vidigal foram adquiridas através do Instituto Pereira Passos (IPP), que tem como base os dados do último Censo do IBGE (2010).

O projeto vende óleo de cozinha usado, material que é recolhido em condomínios de São Conrado, na Zona Sul do Rio. Em seguida, é feita a produção de cloro em uma “fabriqueta” instalada na Rocinha e máscaras produzidas por artesãos. Por fim, os kits são distribuídos em áreas do Vidigal e Rocinha.

A favela da Rocinha, localizada em São Conrado, na Zona Sul do Rio, tem 69,1 mil habitantes. A comunidade teve seu primeiro registro de ocupação em 1938, segundo moradores e líderes comunitários. As informações sobre a Rocinha foram adquiridas através do Instituto Pereira Passos (IPP), que tem como base os dados do último Censo do IBGE (2010).

Fonte: G1