Após mais de 5h de rebelião, secretaria de segurança anuncia que situação está 'normalizada' em presídio de Manaus

Cinco horas e meia após o início da rebelião na Unidade Prisional do Puraquequara, em Manaus, o Governo do Amazonas anunciou que o motim chegou ao fim. Presos fizeram sete agentes penitenciários reféns e protestavam desde o início da manhã. Não houve nenhuma morte durante as negociações, diz o governo.

Na porta da unidade prisional, o secretário de segurança pública do Amazonas, coronel Louismar Bonates, afirmou que os reféns também não estão feridos e que a situação já está ”normalizada” na unidade.

“Nenhum refem ferido gravemente, apenas arranhões, e nenhum preso foi ferido. A situação já está normalizada. As bombas que foram soltas foram só de efeito moral”, afirmou o secretário.

Durante a manhã, familiares que acompanhavam a rebelião do lado de fora do presídio chegaram a receber fotos em que apareciam corpos espalhados pelo chão. A SPP-AM negou qualquer registro de mortes dentro da unidade. “As imagens dos corpos no chão não procedem”.

Desde as 6h deste sábado, quando iniciou a rebelião, equipes da Polícia Militar atuavam no local. O comandante-geral da PM, coronel Ayrton Norte, afirmou que o presídio foi “pacificado” por volta das 11h30.

“Infelizmente eles quiseram partir pra agressão, começaram a quebrar telhas e jogar pedras nos policiais. Nós agimos dentro da legalidade. A área está pacificada e está sendo entregue novamente ao secretário de administração prisional”, disse o comandante.

A rebelião teve início por volta das 6h, durante o café da manhã, quando detentos serraram a grade de duas celas e avançaram nos agentes, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). A UPP tem, atualmanete, 1.079 presos. Segundo familiares de presos, a rebelião era para exigir melhores condições dentro do presídio.

Fora das celas, os presos se aglomeram em torres de caixa d’água que ficam localizadas na área externa do presídio, onde protestaram com reféns. Ainda não há uma estimativa de quantos internos estiveram envolvidos no motim.

Fonte: G1