Governo federal economiza R$ 466,4 mi com home office na pandemia

O governo federal reduziu em R$ 466,4 milhões as despesas em cinco itens de custeio, no período entre abril e junho, com o teletrabalho dos servidores públicos. Com as restrições de circulação devido à pandemia do novo coronavírus, vários itens de custeio administrativo foram diminuídos.

Entre as principais despesas totais que foram economizadas estão os deslocamentos e viagens a serviço (diárias + passagens) e os serviços de energia elétrica e comunicação. O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira (3) pelo Ministério da Economia.

Com viagens e diárias, o custo caiu 67,5%, de R$ 402,3 milhões para R$ 130,9 milhões, uma economia de R$ 271,4 milhões. Já a energia elétrica teve uma queda no custo de 22,4%, passando de R$ 571,5 milhões para R$ 443,5 milhões, com uma economia de R$ 127,9 milhões. Além disso, a economia com água e esgoto chegou a 10,3% (R$ 13,2 milhões) e com cópias e reprodução de documentos, 36,1% (R$ 5 millhões).  

“A ampliação do teletrabalho, apesar de ter sido motivada pela pandemia do novo coronavírus, mostrou que é possível prestar serviços públicos com mais produtividade, aliado à diminuição no custeio administrativo. Assim, será possível aumentar recursos para áreas finalísticas que afetam diretamente o cidadão”, explica Cristiano Heckert, secretário de Gestão do Ministério da Economia.

Trabalho remoto

Na semana passada, o Ministério da Economia publicou a Instrução Normativa nº 65, que estabelece orientações para a adoção do regime de teletrabalho nos órgãos e entidades integrantes do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal (Sipec). A implantação do programa de gestão é facultativa aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal e deve ocorrer em função da conveniência e do interesse no serviço. As novas regras entram em vigor no dia 1º de setembro.

“Cerca de 360 mil servidores do Executivo Federal estão em trabalho remoto atualmente, o que corresponde a 62% da força de trabalho. Com a ampliação do teletrabalho, pretendemos, além de utilizar de maneira mais eficiente os recursos públicos, potencializar a produtividade, acompanhar as mudanças e inovações mundiais e garantir o bom atendimento à população”, explica Wagner Lenhart, secretário de Gestão de Pessoas do Ministério da Economia.