MP faz buscas em escritório do líder do governo e ex-ministro de Temer Ricardo Barros

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) cumpre um mandado de busca e apreensão no escritório do deputado federal Ricardo Barros (PP), em Maringá, no norte do Paraná, na manhã desta quarta-feira (16).

As investigações envolvem fraudes na contratação de energia elétrica em 2019. Além do escritório de Barros, há um mandado de busca em São Paulo contra Delmo Sérgio Vilhena.

Em nota, Ricardo Barros disse que está tranquilo e em total colaboração com as investigações. O parlamentar reafirmou a sua conduta ilibada , e informou que solicitou acesso aos autos do processo para poder prestar mais esclarecimentos à sociedade e iniciar sua defesa.

“Ricardo Barros, relator da lei de abuso de autoridade, repudia o ativismo político do judiciário”, diz trecho da nota.

Barros é líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados desde agosto e foi ministro da Saúde de 2016 a 2018, durante o governo Temer. O parlamentar está no sexto mandato na Câmara e, antes, foi prefeito de Maringá.

Segundo o Gaeco, oito mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça. Além de Maringá e São Paulo, também há ordens sendo cumpridas em Curitiba e em Paiçandu, que também fica na região norte do Paraná. Quatro empresas são investigadas na ação, ainda conforme o MP-PR.

Do total de mandados:

  • Um em residência em Curitiba
  • Um em residência em São Paulo
  • Um em residência em Paiçandu
  • Um em escritório de contabilidade em Maringá
  • Quatro em empresas de Maringá

Investigações

Os investigadores do Paraná querem saber a relação entre Vilhena com Ricardo Barros e a esposa dele, Cida Borghetti, ex- governadora do Paraná.

Conforme a Polícia Civil, na casa de Delmo Vilhena foram encontradas notas fiscais de hotéis de Maringá em nome dele e cadernos com anotações à época dos fatos investigados. Os policiais também apreenderam documentos, computadores e celulares.

A ação é realizada pelo do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP e conta com a ajuda da ajuda da Polícia Civil.

Fonte: G1