Baco Central intervém no mercado após dólar encostar em R$ 4,27

Com a cotação do dólar batendo recorde atrás de recorde, o Banco Central anunciou leilão extra para vender a moeda americana à vista nesta terça-feira, 26. Na véspera, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse não estar preocupado com a alta e que “é bom se acostumar com o câmbio mais alto e juro mais baixo por um bom tempo”.

A operação do BC ocorreu por volta das 11h e não foram divulgados os montantes ofertados. Conforme o BC, a taxa de corte do leilão foi de 4,2320 reais. Mais cedo, o BC promoveu operação de venda à vista de dólares e de swap cambial reverso, que equivale à venda de dólar no mercado futuro.

Logo após a ação do Banco Central, o dólar desacelerou para o patamar de 4,24 reais. Antes, tinha chegado à máxima de 4,2694 reais. Pouco tempo depois, a moeda voltou a subir. Às 13h05, a moeda era cotada a 4,2685 reais, com alta de 1,27%.

Na segunda-feira 25, o dólar comercial fechou em nova máxima histórica, a 4,2145 reais, o maior valor desde o início do Plano Real. O sinal do ministro reforça a percepção do mercado de que o Banco Central pode fazer o último corte de juros em dezembro. Na semana passada, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que se o patamar da moeda americana pressionar os preços o BC poderá atuar via política monetária (ou seja, na taxa de juros), e não via câmbio.

Bolsa

Logo na abertura do pregão, o Ibovespa perdeu a marca dos 108 mil pontos. Às 11h35, o Ibovespa caía 1,50%, chegando aos 106.796 pontos, na mínima. As ações da Petrobras perdiam mais 1,82%, mesmo com o petróleo em leve alta. Os papéis dos bancos como Itaú Unibanco, Santander Banco do Brasil e Bradesco, também caíam mais de 1%. 

A disparada do dólar pesa também nas ações de companhias aéreas e os papéis da Gol e da Azul perdiam perto de 5%. Essas empresas possuem 70% de seus custos atrelados à moeda americana, como suas dívidas, por exemplo, por isso são muito afetadas pela valorização da divisa.

Fonte: Veja