Contas do governo fecham 2019 com menor rombo em 5 anos

As contas do governo apresentaram um déficit primário de R$ 95,065 bilhões em 2019, informou nesta quarta-feira (29) a Secretaria do Tesouro Nacional.

Isso significa que as despesas do governo federal no ano passado superaram as receitas com impostos e tributos nesse valor. O conceito não inclui os gastos do governo com o pagamento dos juros da dívida pública.

Foi o sexto ano seguido em que as contas ficaram no vermelho. Segundo a série histórica do Tesouro Nacional, esse também foi o menor rombo fiscal desde 2014, ou seja, em cinco anos. Em 2018, o déficit somou R$ 120 bilhões.

Em outubro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o déficit da União fecharia 2019 em R$ 80 bilhões. Em dezembro, o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, chegou a prever que o valor ficaria abaixo de R$ 70 bilhões.

Nesta quarta-feira, Almeida afirmou que influenciou o resultado um gasto extra em dezembro de R$ 7,6 bilhões com a capitalização da estatal Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron). Segundo ele, a despesa não estava prevista anteriormente.

Os números oficiais mostram que o governo ficou longe de cumprir o objetivo anunciado no início do ano passado, pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, de zerar o déficit fiscal em 2019.

O resultado negativo nas contas do governo ficou abaixo do teto da meta fiscal fixada para o ano passado. Em 2019, o governo estava autorizado pelo Congresso Nacional a registrar um rombo primário de até R$ 139 bilhões.

Na proporção do Produto Interno Bruto (PIB), o Tesouro Nacional informou que o rombo das contas do governo, em 2019, somou 1,3%. Foi o melhor resultado desde 2014.

“O resultado ficou abaixo da meta, mas a gente pode se alegrar e soltar fogos? Não. A gente tem o desafio de continuar cumprindo o teto de gastos para continuar esse ajuste [das contas públicas]. O Brasil ainda tem as contas no vermelho. O ajuste está acontecendo aos poucos, está caminhando na direção correta”, disse o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida.

Fonte: G1