Coronavírus: Governo Federal vai liberar voucher de R$ 200 para trabalhadores informais

O governo federal vai liberar R$ 15 bilhões em benefícios de até R$ 200 para os trabalhadores informais e autônomos que perderam parte da sua renda devido à desaceleração econômica causada pela pandemia do coronavírus. O repasse será liberado nos próximos três meses através de uma medida que será assinada ainda nesta quarta-feira (18/3) pelo presidente Jair Bolsonaro.

“Fizemos hoje os cálculos. O presidente vai assinar essa medida hoje. Vamos lançar uma camada de proteção aos autônomos”, anunciou o ministro da Economia, Paulo Guedes, em coletiva de imprensa sobre as medidas de combate ao coronavírus, realizada no Palácio do Planalto, na tarde desta quarta-feira.

Guedes lembrou que 138 milhões de brasileiros trabalham na informalidade hoje em dia. Segundo o ministro, são brasileiros que estão vendendo cocada nas ruas, flanelinhas e autônomos. “Pessoas que estão desassistidas. Não estão no Cadastro Único, não estão no Bolsa Família, não recebem BPC. Uma turma valente que está sobrevindo sem ajuda do estado e agora precisa de recurso”, afirmou Guedes, lembrando que essas atividades informais devem sofrer uma queda abrupta neste momento de contenção do Covid-19, já que as pessoas estão sendo orientadas a ficarem o maior tempo possível em casa.

O valor anunciado para este auxílio, porém, ficou abaixo da média dos benefícios do Bolsa Família, que era vista como uma base de cálculo para o “voucher” dos trabalhadores informais. Segundo Guedes, o valor deve ficar em até R$ 200 por trabalhador. “São duas cestas básicas. Então, pelo menos, assegura a manutenção de quem também está sendo vítima do impacto econômico da crise”, afirmou o ministro da Economia, acrescentando que, ao todo, serão distribuídos R$ 5 bilhões por mês nos próximos três meses.

O governo ainda não detalhou como esses trabalhadores informais poderão ter acesso a esse benefício. Mas estuda fazer os repasses via Caixa Econômica Federal, INSS e também plataformas digitais. 

Fonte: Correio Braziliense