Novo crédito do BNDES para atacadistas vai socorrer 130 mil empresas do DF

Uma nova modalidade de créditos anunciada recentemente pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) passou a atrair olhares de micro e pequenos empresários do Distrito Federal como alternativa para ajudar na retomada dos negócios durante as próximas fases da pandemia do novo coronavírus.

A instituição financeira lançou o programa Crédito Cadeias Produtivas, voltado para o financiamento de capital de giro, direcionado a empresas de grande porte, também chamadas de âncoras, a fim de atender a necessidade de liquidez de sua cadeia produtiva, formada por empresas de menor porte, as ancoradas. A princípio, no DF, o crédito será destinado aos atacadistas.

Durante uma reunião virtual presenciada por representantes do banco, da Federação do Comércio (Fecomércio-DF), do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas empresas do Distrito Federal (Sebrae-DF) e do Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito Federal (Sindiatacadista-DF), os representantes receberam o aceno positivo do BNDES para a modalidade, que hoje exige uma movimentação financeira anual mínima de R$ 300 milhões.

Em outras palavras, o programa consegue liberar recursos aos grandes grupos empresariais com prazo maior de liquidez para que, com isso, consigam desenvolver uma relação econômica saudável com a sua cadeia de fornecedores, nos moldes dos famosos crediários existentes entre lojas de departamento e os próprios clientes.

Com um capital de giro robusto, esses estabelecimentos conseguem manter a musculatura para a venda do produto a longo prazo para os clientes interessados, os quais não teriam condições para uma compra à vista, por exemplo.

Na nova modalidade, a transação é semelhante e procura não apenas incentivar a retomada da economia, mas também nutrir a fidelidade entre os grandes grupos que necessitam dos pequenos fornecedores para o giro financeiro. A operação de crédito pode ser de no mínimo R$ 10 milhões e no máximo de R$ 200 milhões. A carência de pagamento prevista é de dois a cinco anos.

Fonte: Metrópoles