Pela terceira vez este ano, os médicos servidores públicos do Estado do Piauí irão suspender os atendimentos nos hospitais estaduais, salvo em caso de urgências.
A decisão foi realizada através de votação realizada pelo Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI), e por unanimidade, os profissionais optaram por realizarem uma terceira paralização nos dias 05, 06 e 07 de junho.
Samuel Rêgo, presidente do Simepi, enfatiza a importância do movimento e relata a omissão do Governo. “Esse silêncio do Estado é uma verdadeira omissão, o que piora a crise e o caos que se encontra a saúde. Nós temos propostas, mas infelizmente o Estado tem se posicionado com essa forma irresponsável. A categoria médica segue firme e unida na luta, pois o movimento não vai parar até que o governo entenda que precisa sentar e encontrar soluções para sair dessa crise”, comenta.
Lúcia Santos, diretora do Simepi e da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), explica que o movimento é um grito de socorro da categoria. “A situação em que se encontra a saúde pública vem se arrastando e piorando ao longo dos anos. São estruturas físicas que colocam em risco os pacientes e nós médicos também, pois nossa profissão tem uma responsabilidade muito grande e isso vem sendo inviabilizado. O que a categoria vem pedindo é justo, pois são direitos, melhores condições de trabalho e o cumprimento da carreira médica”, explica.
A diretora ainda afirma que não houve contrapartida do Estado em dialogar com a categoria. “Estamos à disposição para conversar, temos caminhos para isso e o nosso movimento é a única forma do Governo entender, quando não cumpre a sua função. Precisamos chamar a atenção da população e imprensa para o caos em que se encontra a saúde pública em nosso Estado”, enfatiza.