Fraude na operação carro-pipa deixa centenas de pessoas sem água no interior do PI

O Exército do Piauí descobriu um esquema de fraudulento e abriu processo administrativo para investigar proprietários de carros-pipa, suspeitos de adulterar equipamentos utilizados no monitoramento do abastecimento de água no interior do estado.

De acordo com o Exército, os responsáveis retiram o equipamento que monitora o percurso do caminhão e instalam em uma moto ou outro veículo particular.

“O monitoramento dos carros-pipa é realizado via GPS. O que está acontecendo é que esses aparelhos estão sendo retirados dos caminhões e colocados em outros veículos, com intuito de burlar a fiscalização do Exército. Com isso, eles fazem outro percurso e não entregam a água na comunidade”, informou o comandante do 25º Batalhão de Caçadores, Márcio Vieira Costa.

No mês junho, dois equipamentos foram apreendidos em uma moto na região de Acauã, o fato deixou centenas de pessoas sem receber o abastecimento de água. Aida segundo o Exército, ninguém foi preso, por não ter ocorrido o flagrante.

Essa não é a primeira vez que este tipo de ação acontece. De 2018 até agora, 20 prestadores de serviço foram flagrados tentando burlar a operação.

Operação carro-pipa

Atualmente o governo do Estado recebe cerca de R$ 3 milhões para reforçar o abastecimento com água potável, por meio da operação carro-pipa, em 48 municípios piauienses em situação de emergência por conta da seca. O custo por caminhão varia de R$ 6 mil a R$ 16 mil, dependendo do percurso que ele faz. 

Os recursos fazem parte de um montante de cerca de R$ 9 milhões aprovados pelo Governo Federal, mediante a apresentação de um plano de ações de resposta aos efeitos da seca elaborado pela equipe técnica da Sedec no fim do ano passado.