Audiência pública retomará discussões sobre barragens no estado

O presidente da Comissão de Infraestrutura e Política Econômica na Alepi, Georgiano Neto (PSD), colocou em votação um projeto conjunto dos deputados Francisco Limma (PT) e Franzé Silva (PT), que marca uma audiência pública, para debater sobre a situação das barragens no estado.

Segundo o deputado, essa será uma das prioridades da comissão, visto que, há anos as barragens não recebem manutenção. “Esse é um tema que está em evidência, até porque, boa parte das barragens do nosso estado são antigas e que não tem recebido manutenção nos últimos anos, e uma das nossas prioridades é agilizar esse processo de reforma. Por isso, na próxima quarta-feira, iremos realizar uma audiência pública a respeito desse tema”, afirmou Georgiano.

A audiência irá acontecer no dia 20 de março, às 09h no Plenarinho da Assembleia, e contará com a participação de representantes do DNOCS,  Ministério Público, Defensoria Pública, Governo do Estado e SEMAR.

Situação das barragens

De acordo com um levantamento do Instituto de Desenvolvimento do Piauí (Idepi), realizado no final de 2018, cinco barragens foram monitoradas por suspeita de vazamentos e fissuras. São elas, a Barragem do Bezerro, em José de Freitas; Emparedado e Corredores, em Campo Maior; Pedra Redonda, em Conceição de Canindé e Mesa de Pedra, em Valença do Piauí.

Apesar da análise, o Idepi descartou o risco de rompimento, mas alertou as Barragens do Bezerro e Emparedado estão em situação de risco devido a presença de fissuras.

Recursos destinados

Em dezembro de 2018, foi anunciado R$ 40 milhões, por intermédio do Ministério da Integração e da Secretaria de Defesa Civil do estado, para a recuperação de quatro barragens.

Do total, seriam destinados para cada obra os seguintes valores:

Barragem do Bezerro – R$ 16.088.099,46
Barragem Emparedado – R$ 4.605.638,54
Barragem Pedra Redonda – R$ 13.280.431,00
Barragem Petrônio Portela, em São Raimundo Nonato – R$ 4.779.939,72

Os recursos do Orçamento da União, haviam sido destinados pelo senador Ciro Nogueira (PP), e segundo ele, iriam “custear ações para restabelecer as condições de estabilidade e segurança nesses locais e também garantir a continuidade do abastecimento de água da população”.

Na época, o diretor do IDEPI, Geraldo Magela, afirmou que mesmo não havendo autorização, até o fim do ano (2018), as obras deveriam ser iniciadas com a utilização de recursos próprios do Estado. “Nosso governador está ciente da situação e garantiu que as obras devem ser executadas com recursos próprios, caso não haja um retorno hábil do Ministério da Integração”.

Entretanto, até o momento, não há registro do início das obras em nenhum dos locais citados.