Servidores do Emater em Floriano denunciam condições precárias e abandono do órgão pelo governo do PI

O Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Piauí (Emater-PI) em Floriano, vem sendo alvo de inúmeras denúncias pela falta de estrutura adequada para o atendimento ao público. Em uma de suas viagens pelo estado, o deputado Gustavo Neiva (PSB), flagrou uma faixa instalada em frente ao órgão que dizia: “Emater, abandonada pelo governador”.

Na públicação divulgada nas redes sociais do parlamentar, ele destacou o apelo dos funcionários e disse: “De passagem por Floriano me deparei com essa faixa afirmando que o Emater está abandonado pelo Governo do Estado. É uma tristeza vermos um órgão como o Emater, que cuida da extensão rural, dos pequenos produtores, completamente abandonado. Este é o símbolo do descaso do Governo do Estado com o órgão, que como diz a faixa, está abandonado”, disse a publicação do parlamentar.

Públicação feita nesta segunda-feira (19) no Facebook do deputado Gustavo Neiva.

A nossa equipe entrou em contato com os funcionários do local e conversou com o médico veterinário, Paulo de Tarso, que afirmou a ocorrência de inúmeras reinvindicações por parte dos profissionais à diretoria geral do órgão e, ao governo do Estado. Entretanto, de acordo com ele, não houve nenhum tipo de interesse por parte de ambos em solucionar os problemas apresentados, em sua grande maioria, relacionados à estrutura do prédio onde o Emater é instalado.

“Estamos enfrentando inúmeros problemas aqui no Emater. Principalmente em relação a questão estrutural. Faltam cadeiras, não temos computadores para realizar os trabalhos, como por exemplo, a emissão de uma declaração de aptidão. Esses computadores foram roubados em outubro de 2017, na mesma época, foi registrado BO, e o governo nunca repôs nenhum”.

O médico ainda destacou problemas como falta de lâmpadas nas salas e rachaduras nos forros, fatos que fazem com que grande parte dos expedientes sejam realizados embaixo das árvores que cercam o prédio.

“Tudo que se imagina em relação a problemas nós enfrentamos. O forro está para desabar, não ficamos nem nas salas, trabalhamos embaixo das árvores. Inclusive, temos um laudo de interdição do prédio pela Defesa Civil. Quando as pessoas chegam solicitando os serviços, ficamos envergonhados, o jeito é levá-las até às salas e mostrar a situação em que se encontram”, informou.

O profissional ainda disse que em muitos casos, os servidores arcam com despesas para limpeza do local.

“Na semana passada as fossas estouraram, e os funcionários tiveram que fazer uma vaquinha para poder arrumar e comprar as ‘tampas’ de cimento para fechar. Isso para termos condições de continuar no local sem o mal cheiro”, concluiu Tarso.

Servidores realizam vaquinha para realizar limpeza no local. Foto: Reprodução

Também tentamos contato com a diretoria geral do Emater-PI para comentar o caso, mas não obtivemos resposta.