Transferência do Fecop para apoio ao transporte escolar gera embate

A transferência de R$ 86,9 milhões do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop) para apoio ao transporte escolar no Piauí tem sido tema das principais discussões entre os parlamentares na Assembleia Legislativa do estado (Alepi).

Isso porque, o líder da oposição, deputado Gustavo Neiva (PSB), enviou requerimento solicitando a presença do Secretário de Saúde do estado Helder Jacobina, para dar explicações  sobre a proposta. O parlamentar disse que os argumentos dos deputados da base do Governo não eram consistentes e que havia um desencontro de informações que só poderiam ser explicadas pelo próprio gestor.

“Nossa ideia é somente trazer o secretário de educação para essa Casa para que ele explique se está correto utilizar um recurso destinado ao Fundo de Combate a Pobreza no transporte escolar, que já tem um financiamento próprio, que já do Governo Federal”, disse.

O líder do governo na Alepi, Francisco Limma (PT), defendeu que a destinação do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop), para manutenção da educação estadual é legal.

“O que o governo apresentou foi um projeto para o Fecop, que tem representantes de várias instituições, inclusive da sociedade civil,  e isso foi explicado. nós não entendemos o porque eles fazem questão de todo o momento estar tendo que requerer a presença do secretário”, disse.

No entanto, Evaldo Gomes (PTC),  reforçou que a população espera explicações do secretário sobre o assunto. “Eu tenho certeza que o líder do governo (Deputado Francisco Limma), está preocupado, achando que nós vamos fazer aqui um cavalo de batalha, que vamos tratar apenas do Topique, mas nós parlamentares temos o dever e a obrigação de prestar contas com a sociedade”, afirmou.

Já o deputado Fábio Novo (PT), afirmou que o valor destinado pelo governo federal ao transporte escolar, não supre as necessidades do setor. “O Piauí tem hoje 88  mil alunos da rede estadual, que precisam ser transportados. O Governo Federal só manda para o transporte R$ 4 milhões por ano, e nós gastamos em média, R$ 8,6 milhões por mês”,  disse Fábio Novo.

A proposta foi rejeitada em votação no Plenário da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (13). O deputado Nerinho (PTB), sugeriu que Gustavo Neiva enviasse as dúvidas que existem sobre a operação por escrito, mas o parlamentar rejeitou a ideia.