Um casal de idosos, de 80 e 81 anos, da cidade de Floriano-PI, recebeu um resultado positivo para coronavírus durante a visita de uma das equipe, que estão realizando as pesquisas encomendadas pelo Governo e fazendo aplicação de testes rápidos, para averiguar a curva de contaminação e identificar a real quantidade de pessoas infectadas pelo vírus em todo o estado. O objetivo é diminuir a subnotificação de casos. Entretanto, o filho do casal, o engenheiro Anderson Fábio, denunciou que, após receber o diagnóstico dos pais, procurou uma unidade de saúde particular e refez os exames, que apontaram um resultado negativo.

De acordo com o engenheiro, a visita da equipe na casa dos idosos ocorreu no último sábado (23), na ocasião os dois estavam acompanhados de sua irmã, que o comunicou sobre o resultado dos testes.

“Minha irmã me informou que o pessoal da Secretaria Estadual passou na casa dos meus pais, que são idosos e fizeram um teste para covid-19. Primeiro, eles foram entrevistados. Perguntaram se eles estavam sentindo alguma dor, febre, sintomas relacionados à doença e meu pai respondeu que não. Em seguida, eles realizaram o teste, que deu positivo para coronavírus no meu pai e na minha mãe. Quando recebemos o resultado, ficamos todos preocupados e refizemos os exames na segunda-feira (25) em uma clínica particular e o resultado foi negativo”, explicou Anderson.

O engenheiro explicou ainda que ficou surpreso, quando recebeu a notícia de que os testes haviam dado positivo, pois os pais seguem em quarentena e todos os cuidados orientados pelos órgãos de saúde estão sendo tomados na residência. Anderson ainda disse que não irá tomar medidas judiciais em relação ao caso, mas espera que os testes dos pais sejam retirados da estatística do governo, descrita por ele como sendo ‘enganosa’. Ele ainda pediu mais atenção por parte das equipes que realizam a pesquisa.

As pesquisas estão sendo realizadas pelo Instituto Amostragem

Assista ao relato:

O que diz a Sesapi

Nossa equipe entrou em contato com a assessoria da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi), e pediu explicações sobre o caso. Eles não responderam diretamente, apenas informaram que o resultado pode divergir, dependendo de qual tipo de exame foi utilizado para fazer a testagem.

Em um vídeo encaminhado à nossa equipe, o médico Vitor Campelo explica a diferença entre os Teste rápido e o RTPCR. Segundo o profissional, o RTPCR identifica partículas virais, coletadas a partir da mucosa do paciente. No entanto, a partir do sétimo dia, o organismo desenvolve anticorpos de defesa contra o vírus chamados de IGM e IGG. Nesse ponto, é recomendado a realização do Teste Rápido, onde se faz a coleta de sangue, para procurar a presença desses anticorpos.

Assista: