Autores do incêndio à escola de Picos planejavam chacina

O incêndio que aconteceu na Escola Municipal Dorinha Xavier, no último dia 02 de abril, não foi acidental, mas criminoso. A informação repassadas pelo Comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar de Picos, Tenente Coronel Edwaldo Viana.

De acordo com o Comandante, uma das diretoras relatou que um adolescente de 13 anos e uma menina de 10 anos estariam envolvidos no incidente. A PM iniciou então as investigações e confirmou o fato.

O vice-presidente do Conselho Tutelar de Picos, Raimundo Nonato, comentou que o comandante de Polícia Militar, Edwaldo Viana, em conversa com os suspeitos, descobriu que o adolescente pretende realizar um remake da tragédia em Suzano-SP, onde um jovem e um adolescente entraram em uma escola e mataram funcionários e alunos.

“De acordo com o Comandante, o adolescente comentou que a intenção dele agora é comprar uma arma e não mais incendiar. Agora ele quer tirar a vida de alunos e professores. Então essa situação foi o que deixou a comunidade e a gente ainda mais preocupados. Então, pela questão de resguardar a vida dele, porque a população pode querer machucar e até tirar a vida dele, o melhor é a internação”, declarou o conselheiro.

Raimundo Nonato disse ainda que o processo continua em fase de investigação e que aguarda um relatório oficial da PM para que o processo de internação do adolescente seja iniciado.

O conselheiro disse ainda que o jovem é problemático e que já vem sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar há algum tempo.

“Esse jovem já vem passando por vários acompanhamentos do Conselho. Inclusive, no mês de janeiro já havia enviado um ofício pedindo a internação dele, pois a mãe do próprio me procurou por ele estar dando muito trabalho. Ele tem o costume de ficar quase todos os dias na esquina do Fórum, está se envolvendo com muitas pessoas erradas. A população do bairro já esta reclamando, ficando com raiva dele. Então já corre até risco de vida”, disse.

Quanto à menina envolvida, o conselheiro declarou que deve visitar sua família nos próximos dias para avaliar que tipo de consequência ela terá.

“Ainda irei na casa da mãe dela para conversar e decidir o que vamos fazer com ela. Por enquanto, vamos encaminhá-las para um psicólogo. Eu já acompanhava dois irmãos dela e agora vou ter que fazer o acompanhamento dela, saber se está estudando direito”, concluiu.

Fonte: Cidades na Net