Sinduscon diz que lentidão nos cartórios prejudica setor industrial do PI

Representantes do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Teresina (Sinduscon) e Associação Industrial do Piauí (AIP) estiveram reunidos com o presidente do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), desembargador Sebastião Ribeiro Martins, para tratar sobre o atendimento e celeridade nos cartórios da capital.

De acordo com o Sinduscon, o Piauí tem atualmente um PIB industrial de R$ 4,8 bilhões e tem 55.078 trabalhadores na indústria. Além disso, o setor da construção civil no estado chega a 61,1%, conforme dados da Confederação Nacional da Indústria. Entretanto, o cenário encontrado pelos construtores na capital é um dos piores do Brasil, especialmente por conta da lentidão nos trâmites burocráticos, como o atendimento nos cartórios.

“Esse percentual comprova, a força e a importância que nós, construtores e geradores de emprego, possuímos para a economia do Estado. No entanto, a morosidade do atendimento nos cartórios é um grande entrave. As longas filas prejudicam o dia a dia dos empreendimentos e geram até prejuízos financeiros, pois o mercado da construção civil é dinâmico. Para conseguir fazer um distrato um empreendedor pode levar até mais de oito horas em cartórios”, disse Francisco Reinaldo, presidente do Sinduscon.

Segundo o presidente da AIP, Gilberto Pedrosa, a implementação de ações que possam contribuir com melhorias no setor industrial é necessária para ajudar a reduzir a morosidade dos processos. “Mostramos os problemas que enfrentamos com os cartórios, que hoje é nosso grande nó. E a partir desse encontro, vamos encontrar juntos uma alternativa para esse problema”, disse.

O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Sebastião Martins, assegurou que fará uma articulação junto ao vice – corregedor geral de Justiça, desembargador Oton Mário José Lustosa Torres, para criação de um plano que ajude a contribuir com o setor. “Vamos criar um plano de trabalho para que possamos contribuir com o setor produtivo, que é essencial para o nosso Estado”, frisou.

Informações: Ascom Sinduscon