Há um ano sem aulas, estudantes do curso de enfermagem da Ufpi relatam prejuízos e pedem retorno híbrido

Alunos do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Campus Ministro Petrônio Portella, publicaram uma carta aberta direcionada à comunidade interna e externa da instituição, onde relatam sobre a necessidade da volta às aulas da grade curricular obrigatória à distância ou de forma híbrida.

No documento, eles afirmam que não há direcionamento nem esperança de um retorno e o fato tem gerado diversos prejuízos financeiros e psicológicos aos estudantes.

“Há um ano, na gestão do Reitor Professor Doutor José Arimatéia Dantas Lopes, entrávamos em quarentena e foi compreensível a suspensão de atividades naquele momento, visto que, pouco se sabia sobre a pandemia. Recentemente, tivemos a entrada da gestão atual do Reitor Professor Doutor Gildásio Guedes Fernandes, que foi colocado junto com os alunos às portas do início de mais um período sem planos e, infelizmente, notamos que ainda não há direcionamento nem esperança de uma volta. Isso tem resultado em diversos prejuízos, tais como o financeiro, ao passo que muitos não moram na capital e continuam pagando aluguel para manter a posse do imóvel, além de estarem impedidos de trabalhar e prestar concursos devido ao atraso do curso e da consequente falta de diplomação. No mais, os danos também atingem a esfera psicológica dos discentes, visto que, as incertezas sobre o futuro da graduação se apoderam dos pensamentos, limitam sonhos e esperanças, não só da pessoa em si, mas também das suas respectivas famílias”, diz trecho da carta.

Os estudantes ainda propõem a busca de estratégias de readaptação do ensino, dentro dos limites de biossegurança, para dar continuidade às disciplinas e dirimir os imensos prejuízos na formação causados pela pandemia da Covid-19.

“Infelizmente, esperar pela vacina para o retorno das aulas de modo presencial, avaliando a conjuntura nacional, seria postergar por mais um ano nossas atividades, uma vez que a população jovem e sem comorbidades está inserida na última fase do plano de imunização, que acontecerá ao final do ano, quiçá até depois – em 2022. Por outro lado, os acadêmicos possuem senso de responsabilidade e proteção à vida e por isso levantamos a bandeira do ensino à distância e/ou híbrido, onde as aulas teóricas aconteceriam por ensino remoto e as práticas seriam realizadas em nossos laboratórios e ambientes hospitalares, visto que, estudantes do mesmo curso, mas de outras instituições de ensino superior, já estão realizando estágios nos serviços de saúde”.

Leia a carta na íntegra: