Ministério Público instaura dois inquéritos sobre caso da travesti agredida em Teresina

O Ministério Público do Estado do Piauí, por meio da 49ª Promotoria de Justiça de Teresina, com atribuição na defesa dos direitos humanos, instaurou dois inquéritos civis, para apurar o caso das agressões cometidas contra a travesti Paola Amaral, ocorridas na última segunda-feira (19/07), no Parque Brasil, zona Norte de Teresina.

Na ocasião, ela foi submetida a castigos físicos e humilhações verbais efetuadas por populares, na presença de membros da Guarda Civil Municipal de Teresina, pelo suposto roubo de um botijão de gás, um colar e um relógio. Toda a ação foi registrada em vídeo gravado por populares que estavam presentes no momento do ocorrido.

O Ministério Público Estadual, no primeiro inquérito, solicitou à Polícia Civil do Piauí, em particular à Delegacia de Repressão às Condutas Discriminatórias e Proteção dos Direitos Humanos de Teresina, a instauração de um inquérito policial para apurar o caso.

Outra ação adotada pelo MP-PI foi solicitar à Guarda Municipal de Teresina a instauração de sindicância, processo administrativo disciplinar ou peça investigativa pertinente, a fim de constatar nome dos guardas civil que presenciaram ocorrido.

No segundo inquérito, o MPPI determina o envio de comunicação oficial ao Centro de Referência LGBTQIA+ “Raimundo Portela”, à Defensoria Pública do Estado (DPE-PI), a quem solicita a expedição de novos documentos para Paola a fim de que ela possa receber as parcelas do auxílio emergencial do Governo Federal, e à Secretaria Municipal de Assistência Social e Políticas Integradas de Teresina (SEMCASPI), para a realização de perícia social e análise quanto a possibilidade de inclusão em benefícios eventuais, a cargo do Município de Teresina.

As portarias foram publicadas no Diário Oficial Eletrônico do MP-PI nesta quarta-feira (21).

Portaria_IC_0007_2021

Portaria_IC_0008_2021