Programa Cidade Solidária atende 314 famílias em vulnerabilidade em Teresina

A Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi), vem intensificando o monitoramento nos locais de risco e atendimento da população em situações emergenciais em consequência das chuvas intensas. Hoje, a Prefeitura mantém 314 famílias cadastradas no Programa Cidade Solidária, que oferece apoio financeiro às famílias que tiveram suas residências comprometidas por conta de desabamentos, alagamentos, transbordamento de rios ou lagoas, como também incêndios.

“É um compromisso nosso acompanhar essas famílias e incentivar a solidariedade entre os moradores da região, que recebem outra família. Com as constantes chuvas que atingem a cidade de Teresina nesse período, o programa tem tido um alto grau de importância pra população”, explica Samuel Silveira, secretário Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas.

A assistente social, Kânia Britto, gerente de Proteção Social Básica (GPSB) da Semcaspi, explicou que a demanda cresce bastante nos meses de chuvas, somente nos últimos dois meses, a Semcaspi cadastrou 19 novas famílias no programa. Os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) são responsáveis por realizar uma triagem e encaminhar o relatório social para a Semcaspi, a GPSB avalia as solicitações e, comprovada necessidade, aprova o benefício.

“O fluxo para adesão ao programa inicia-se com a vistoria da Defesa Civil que faz a identificação da situação e, entendendo o risco, repassa a demanda para a Superintendência de Desenvolvimento Urbano (SDU) ou Superintendência de Desenvolvimento Rural (SDR) da região. Em seguida, a superintendência avalia a situação do local e, caso necessário, o órgão encaminha a demanda para a Semcaspi” explicou a gerente.

A dona Valdirene Pereira Sousa, de 53 anos, é beneficiária do “Cidade Solidária”. Além da casa, ela perdeu o esposo com a tragédia no Parque Rodoviária em abril de 2019. Dona Valdirene e o filho, que moravam vizinhos um do outro, foram cadastrados no programa e, há 11 meses, recebem o auxílio de aluguel e cestas básicas da prefeitura.

“Eu agradeço muito a prefeitura e as assistentes sociais do CRAS que receberam a gente muito bem. Só tenho que agradecer porque é muito difícil a pessoa estar num momento desse. Ter essa ajuda para pagar o aluguel, para quem não tem nenhuma renda como eu, já é muito bom. Eu faço faxina para complementar, mas tem dias que não dá. É ruim a gente perder nossa casa, eu não consegui tirar nem uma colher da minha casa, perdi tudo que conquistei com tanto esforço, perdi meu esposo, mas apesar de tudo isso eu agradeço porque estou viva”, conta Valdirene.

Os benefícios da política de assistência social do Cidade Solidária é dividido em “Família Solidária” e “Residência Solidária”. A assistente social do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS/Sul IV), Núbia Xavier, explica como funcionam as duas modalidades.

“Na modalidade Família Solidária, os interessados são cadastrados para acolher temporariamente famílias que estão em situação de desabrigamento e a Prefeitura repassa mensalmente uma ajuda de custo no valor de R$ 250,00. Já com a “Residência Solidária”, a família beneficiária indica um imóvel e a Prefeitura faz o pagamento no valor de até R$ 300 para o proprietário”, disse.

Com vistas para atender as situações de calamidade pública, a Semcaspi acompanha as famílias através da rede socioassistencial e, também, elas podem ser beneficiadas com cestas básicas. A Secretaria também oferece kits de produtos de limpeza e kits de acolhimento, como colchões, lençóis e toalhas. O trabalho é executado pela Semcaspi em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SEMDUH) e as Superintendências de Desenvolvimento Urbano (SDUs) e Superintendência de Desenvolvimento Rural (SDR).

Fonte: PMT