Com transporte coletivo parado há 20 dias, Setut diz que 'não é possível realizar acordos'

O transporte coletivo de Teresina está totalmente parado há 20 dias, devido a greve deflagrada por motoristas e cobradores. Nessa quarta-feira (03), motoristas e cobradores se reuniram em um ato em frente ao Palácio da Cidade, pedindo intervenção da Prefeitura de Teresina nas negociações junto aos empresários.

No entanto, o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros de Teresina (Setut), emitiu uma nota nesta quinta-feira (04) informando que, não julga possível realizar acordos diante do atual ‘cenário incertezas’, provocado pela pandemia.

“Com o surgimento da pandemia da Covid-19, o sistema passou a transportar apenas 5% da demanda, durante estes 50 dias até o momento, resultando em um impacto negativo na arrecadação que não cobre sequer os custos básicos, como o óleo diesel. Após o início da greve (15/5/20), o sistema de transporte está totalmente parado há 20 dias”, diz trecho da nota.

O Sindicato ainda esclareceu que, apesar disso, as empresas seguirão realizando o que está ao seu alcance e de acordo com a legislação vigente.

Leia nota na íntegra

O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros de Teresina (SETUT) informa que o prazo da última convenção coletiva encerrou em janeiro de 2020 e, ao final deste período, não houve possibilidade de nova renegociação com os trabalhadores, dentro das possibilidades e das projeções econômicas para este ano. 

Com o surgimento da pandemia da Covid-19, o sistema passou a transportar apenas 5% da demanda, durante estes 50 dias até o momento, resultando em um impacto negativo na arrecadação que não cobre sequer os custos básicos, como o óleo diesel. Após o início da greve (15/5/20), o sistema de transporte está totalmente parado há 20 dias. 

Diante desta queda na arrecadação, o SETUT informou ao Sindicato dos Trabalhadores em Empresa de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro-PI) que as empresas cumprirão o que rege à normativas concedidas pelo Governo para ajudar o setor patronal. 

O SETUT reforça ainda que compreende o atual momento enfrentado pela classe laboral, mas não julga possível realizar acordos diante deste atual período de incertezas. 

As projeções econômicas nacionais para o setor de transportes, preveem queda próximo aos 50% na demanda. Portanto, as empresas reforçam que seguirão realizando o que está ao seu alcance e de acordo com a legislação vigente. Paulatinamente, serão revistos periodicamente o cenário do setor, e conforme os avanços ou decréscimos observados na economia, será discutido com o sindicato laboral o que ainda poderá ser feito para, juntos, tentar manter o sistema de transporte público ativo.