Mais de 70 venezuelanos testaram positivo para Covid-19 em Teresina

Cerca de 78 venezuelanos foram diagnosticados com Covid-19 em Teresina, segundo dados da Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi). Desde o início da pandemia a Secretaria, monitora abrigos, junto com equipes da Fundação Municipal de Saúde (FMS), seguindo as medidas estabelecidas pelas autoridades de saúde para prevenção do contágio.

Por conta do índice, está sendo elaborado um plano de estruturação de um novo espaço para acolher os venezuelanos infectados, que será montado no Albergue Casa do Caminho. A instituição de acolhimento para pessoas em situação de rua estava sem funcionamento desde a transferência do grupo para o abrigo provisório no Estádio Lindolfo Monteiro.

“Diante desse quadro de positivados, a Semcaspi está viabilizando um abrigo emergencial para onde estaremos remanejando estas pessoas. Uma medida tomada anteriormente foi voltada para os novos migrantes que chegam a Teresina. Recentemente recebemos mais 19 venezuelanos, somando 203 no total. Tendo em vista esta condição de trânsito, disponibilizamos o Albergue Casa do Caminho para que os novos acolhidos não fossem diretamente aos abrigos, antes de cumprir uma quarentena e, assim, garantir a proteção dos demais. Agora será destinado ao acolhimento das pessoas positivadas”, disse a secretária da Semcaspi, Janaína Carvalho.

As equipes de saúde estão acompanhando os abrigos para atendimento médico e disponibilização das medicações. Os educadores também trabalham intensamente para informar as medidas de segurança frente à doença, através de orientações e fixação de cartazes informativos na língua warao e espanhola nos espaços dos abrigos para que eles possam compreender a necessidade do isolamento.

“A Semcaspi tem garantido a proteção social dos indígenas venezuelanos e, desde o início da pandemia, tem dado todo o suporte para evitar a disseminação da doença. Entre as medidas adotadas, foi disponibilizado um novo espaço para minimizar os riscos de contágio entre os grupos que passou a contar com três abrigos na capital. Também foi feita distribuição de máscaras, produtos de higiene e reforço de normas dentro dos abrigos, de acordo com as recomendações dos serviços de saúde”, conclui a secretária.