Prefeitura de Teresina diz que kits de intubação são confiscados pelo Ministério da Saúde


A Prefeitura de Teresina reagiu à reportagem divulgada pelo site The Intercept que diz que Dr. Pessoa não compra remédios e doentes de Covid-19 podem morrer sem intubação. O conteúdo fala a respeito da falta de kits de intubação na capital.

Segundo o site, a reportagem teve acesso a um documento da Diretoria de Assistência Especializada, a DAE, órgão responsável por traçar ações para a assistência hospitalar, ligado à Fundação Municipal de Saúde de Teresina (FMS). Trata-se de um memorando com pedido de compra emergencial de medicamentos essenciais para pacientes em UTIs de covid-19. O documento foi enviado em 26 de fevereiro pela DAE para a FMS e já alertava que o estoque estava “crítico ou zerado” e solicitava a “aquisição em caráter de urgência”. Passado um mês, os medicamentos não chegaram.

O memorando listava 17 remédios indispensáveis, entre eles sedativos como midazolam e fentanila e bloqueadores musculares como atracúrio, cisatracúrio, rocurônio e pancurônio. Sem neurobloqueadores musculares, é muito difícil, se não impossível, intubar um paciente. Eles impedem os reflexos involuntários na musculatura e facilitam a passagem do tubo pela garganta. Já os sedativos são essenciais para manter a pessoa dormindo e evitar que ela, como dizem os profissionais de saúde, “brigue com o respirador”. (Clique aqui e acesse a reportagem completa).

Em resposta, a Prefeitura de Teresina disse que os insumos comprados são confiscado pelo Ministério da Saúde.

embora o município tenha realizado esforços no sentido de adquirir equipamentos e insumos, os aparelhos têm sido confiscados pelo Ministério da Saúde, que distribui para os Estados conforme a demanda de leitos de UTIs”, diz trecho na nota divulgada.

Leia a nota na íntegra:

Sobre matéria veiculada em portal nacional sobre a falta de kits de intubação em Teresina, a prefeitura informa que embora o município tenha realizado esforços no sentido de adquirir equipamentos e insumos, os aparelhos têm sido confiscados pelo Ministério da Saúde, que distribui para os Estados conforme a demanda de leitos de UTIs.

A prefeitura informa ainda somente nos últimos 2 meses, já foram aplicados R$ 176 milhões do Tesouro Municipal, correspondentes a 57 % das receitas líquidas arrecadadas em saúde. A Fundação Municipal de Saúde ressalta ainda a abertura de mais de 100 leitos entre de UTIs e clínicos para atender pacientes Covid.

A Prefeitura reúne diariamente o comitê gestor de enfrentamento à Covid para avaliar a situação da pandemia na capital e adotar medidas de controle do vírus na capital.