Assassino confesso de piauiense no DF é condenado a oito anos por estupro de adolescente

O cozinheiro Marinésio dos Santos Olinto, 42 anos, apontado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) como maníaco em série, acusado foi condenado a oito anos de prisão pelo estupro de uma adolescente de 17 anos, ocorrido em uma área isolada do Paranoá, em 2018. O homem também é acusado de matar a piauiense Genir Pereira de Sousa, de 47 anos, natural da cidade de Eliseu Martins-PI.

O homem foi preso em 25 de agosto do ano passado e ainda aguarda outros julgamentos, após confessar ser o autor de crimes, contra pelo menos 19 mulheres. Marinésio está preso no Centro de Detenção Provisória (CDP), no complexo penitenciário da Papuda.

De acordo com o advogado de defesa do cozinheiro, Marcos Venício, a condenação pode ser revertida, já que os argumentos prestados pela vítima, na sua avaliação, são frágeis. “Vamos recorrer, pois a decisão é totalmente teratológico, contrária às provas dos autos. Baseia-se exclusivamente na narrativa da vítima e no reconhecimento do acusado como autor do fato”, explicou.

Relembre o caso

Marinésio dos Santos Olinto, de 41 anos, suspeito de matar a advogada e funcionária do Ministério da Educação (MEC) Letícia Sousa Curado Melo, de 26 anos, confessou ser o responsável também pela morte da piauiense Genir Pereira de Sousa, de 47 anos. A empregada doméstica desapareceu no dia 2 de junho de 2019 e o corpo dela foi encontrado dez dias depois em estado de decomposição em uma região de mata entre Planaltina e o Paranoá, no Distrito Federal.

A patroa de Genir é dona de uma pizzaria e foi quem comunicou o sumiço da empregada. Segundo a empresária, em 15 anos de trabalho, Genir nunca havia faltado sem avisar. O crime está relacionada a uma série de atentados contra mulheres no estado.

De acordo com o depoimento, o cozinheiro desempregado frequentava quase que diariamente a região do Paranoá, onde chegou a morar anos atrás. Lá, conheceu a atual companheira, o casal depois se mudou para Planaltina. Toda a família dele ainda mora na cidade. A Polícia tenta descobrir se Marinésio já havia visto Genir na pizzaria e se o ataque teria sido premeditado. A faxineira não costumava trabalhar diariamente no estabelecimento, ficando na área de limpeza. Os investigadores buscam testemunhas que possam confirmar a tese do crime planejado.

Na delegacia, o irmão do cozinheiro afirmou que Marinésio tinha outros nove irmãos, sendo cinco mulheres e quatro homens, todos perplexos com a brutalidade dos crimes praticados. Eles vivem no Paranoá, incluindo o pai do acusado, de 74 anos. O idoso é dono de um pequeno estabelecimentos comercial que vende bebidas.

Com informações do Metrópoles