Saiba quem é o médico que denunciou Arimatéia Azevedo e leia trecho do inquérito policial

O autor da denúncia contra o jornalista Arimatéia Azevedo, é o cirurgião plástico, Alexandre Andrade Souza. Em seu relato à polícia, o médico afirma que foi alvo de uma publicação do jornalista em seu portal, contendo informações a respeito de um problema ocorrido durante um procedimento cirúrgico.

A partir daí, o jornalista e o professor, Francisco de Assis Barreto (apontado como coautor do crime), começaram a extorquir a vítima para obter vantagem financeira. O médico teria sido obrigado a entregar uma quantia de R$ 20 mil reais, para que as publicações fossem encerradas, e ainda chegou a pagar R$ 10 mil, mas resolveu procurar a polícia e denunciar o caso.

Após a prisão, Arimatéia falou com a imprensa e disse: “Esse médico praticou uma ação criminosa, ele deixou panos no seio de uma mulher, e nós o denunciamos”.

Após instauração do inquérito, o Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) iniciou as investigações e, comprovaram a ocorrência do crime.

Leia trecho do inquérito:

Após tomar conhecimento dos fatos, determinou que fosse instaurado Inquérito Policial para investigar possível crime de extorsão e outros, supostamente praticados pelos autores. Foi emitido Relatório Técnico nº 18 GRECO 2020 que descreveu e individualizou a atuação dos envolvidos de forma clara, demonstrando que por diversas vezes aconteceram encontros entre a vítima (que em algumas ocasiões esteve em companhia ou foi representado pelo seu cunhado, pessoa de nome Márcio Gabriel da Silva Oliveira) e Francisco de Assis Barreto que atuava sob o comando e orientação de José de Arimatéia Azevedo, representando os interesses deste último.

Foi solicitada a interceptação telefônica dos investigados, através da qual foi possível constatar a veracidade dos fatos narrados pela vítima, tendo em vista o cruzamento das ligações entres os investigados e a vítima, indicando que houve uma série de tentativas de negociações prévias, antes que o crime se consumasse, bem como a forma como se deu a consumação deste delito.

Foi solicitada a relação de entrada de visitantes no prédio comercial onde é situado o consultório da vítima, comprovando que o investigado
Francisco de Assis Barreto esteve pessoalmente no local de trabalho da vítima. Foi juntada aos autos uma certidão contendo diversos “prints” de conversas
realizadas através do aplicativo “WhatssApp”, entre a vítima e o investigado José de Arimatéia Azevedo, além de matérias ofensivas publicadas no site “Portal AZ” de propriedade do referido investigado.