Bolsonaro recebeu empresários fora da agenda para discutir FGTS

O adiamento do anúncio de liberação dos saques do FTGS, previsto para essa quinta-feira (18/07/2019), foi influenciado sobretudo pelo lobby de empresários sobre o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), de acordo com informações do jornal da Folha de S. Paulo.

Se de um lado, a pressão de representantes da construção civil, liderada pela Câmara Brasileira da Indústria e Construção (CBIC), chegou ao ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, de outro grandes empresários foram falar diretamente com Bolsonaro, no Palácio do Planalto.

A informação é de que o líder do Executivo recebeu, fora da agenda, Rubens Menin, dono da construtora MRV Engenharia, e Ricardo Valadares Gontijo, presidente-executivo da Direcional Engenharia. Os empresários disseram, ao comparar com a liberação feita no governo Temer, que uma nova onda de retiradas agravaria ainda mais a situação no médio e longo prazo.

Já o presidente da CBIC, José Carlos Martins, ligou para Onyx e reclamou que o setor não tinha sido consultado pelo Ministério da Economia sobre as mudanças. O empresário acredita que a decisão pode agravar ainda mais a situação financeira das empresas do ramo da construção civil.

Assim que soube da liberação do FGTS, Martins ligou para Onyx e os dois acertaram uma reunião. No telefonema, diz a reportagem, o ministro-chefe da Casa Civil prometeu colocar o setor em contato com a equipe econômica na segunda-feira (22/07/2019), quando haverá uma reunião para discutir os saques.

“É uma loucura promover uma redução de R$ 30 bilhões no saldo do FGTS para injetar dinheiro na economia e, na outra ponta, provocar a demissão de 500 mil funcionários do Minha Casa Minha Vida“, explicou Martins.

Fonte: Metrópoles