'Reforma assassina', diz oposição sobre proposta da Previdência enviada à Alepi pelo governo

Nesta quinta-feira (05), os deputados estaduais se reuniram com representantes da Associação dos Magistrados do Piauí, Sindicato dos Policiais Civis, Auditores Fiscais, e professores e outras entidades. O encontro aconteceu no gabinete da presidência da Assembleia Legislativa do Piauí.

Os servidores solicitaram explicações sobre o pedido de urgência na tramitação da reforma da Previdência e contestaram agilidade na aprovação desta matéria. Os representantes alegam que a medida trará inúmeros prejuízos às categorias. 

A deputada Tresa Britto (PV) defendeu a retirada do regime de urgência e afirmou que as categorias estão solicitando a realização da audiência pública para debater o tema. A medida havia sido proposta pelos deputados opositores, entretanto, os parlamentares da base derrubaram a solicitação.

 “Todos os servidores do Piauí, porque todos ganham mais que um salário mínimo, serão pegos neste cheque em branco que o governador Wellington Dias quer ter desta Casa. O interesse no regime de urgência do governador está no fato de que o governos dos Estados, que aguardam repasse de empréstimo, só terão acesso aos recursos se o projeto for aprovado. Eu chamo isso de reforma assassina”, disse a deputada.

O deputado Marden Menezes (PSDB), também se pronunciou pela retirada de urgência da proposta e disse que a PEC precisa ser debatida por ambas as partes. O parlamentar ainda argumentou que a votação poderá ficar para fevereiro de 2020.

“O prazo estipulado pelo Governo Federal para aprovação da reforma é até julho. E o governo do Piauí quer fazer isso em dois dias. Precisamos de tempo para debater a proposição com os servidores que apresentarão sugestões visando o seu aperfeiçoamento”.

Por sua vez, o líder do governo na Alepi, Francisco Limma (PT) afirma que o caráter de urgência é necessário por conta do défcit previdenciário do estado, além disso, segundo o deputado, o governo busca aprovar a medida antes do período de recesso da Assembleia.

“É um desequilíbrio que vem se aprofundando, principalmente, em função do deficit da Previdência, que é cerca de R$ 80 milhões por mês, o que chega a praticamente R$ 1 bilhão ao ano. E se não resolvermos isso vamos chegar a uma situação ainda mais difícil”, disse Limma.