Cinemark veta filme pró-golpe de 64 e é atacada por Eduardo Bolsonaro

A rede de cinemas Cinemark recusou-se a exibir o filme pró-ditadura militar “1964, o Brasil entre armas e livros”. Em anúncio na sua conta oficial no Instagram, a empresa justificou o bloqueio alegando não se envolver com questões politico-partidárias.

O longa-metragem chegou a ser exibido em salas da rede em 5 cidades –Belo Horizonte, Curitiba, São Paulo, Recife e Brasilia. Mas, segundo a assessoria da empresa, as projeções foram realizadas em eventos fechados, onde as salas foram alugadas. Outra exibição estava prevista para o Rio de Janeiro, mas foi inviabilizada por 1 problema técnico com o arquivo de mídia digital do filme.

Segundo a empresa, o aluguel das salas foi permitido sem que a rede conhecesse o conteúdo da obra. A Cinemark disse que a exibição foi 1 “erro”.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), deputado federal e filho do presidente Jair Bolsonaro, criticou a decisão do Cinemark via redes sociais. De acordo com ele, o posicionamento da empresa é de “total falta de respeito” com o consumidor. Segundo o congressista, 1 cinema deve exibir filmes pouco importando se de direita ou esquerda”.

Em outra postagem, o deputado cita como exemplo de contradição da Cinemark a exibição dos filmes “Lula, o filho do Brasil”, em 2010, e “Marighella”. Este último ainda não chegou às salas de cinema no Brasil. Segundo a Paris Filmes, responsável pela distribuição, o longa ainda não tem uma data de estreia definida para o circuito nacional.

Fonte: Poder 360