Guedes diz que é possível 'consertar' se Bolsonaro fizer algo 'que não seja razoável'

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesse sábado (13), em Washington, nos Estados Unidos, que ainda não conversou com o presidente Jair Bolsonaro sobre a decisão de suspender a alta do diesel pela Petrobras nas refinarias, mas disse concordar com as preocupações provocadas pelo recuo.

“É evidente que aparentemente já houve um efeito ruim”, afirmou o ministro, após participar de reuniões com autoridades do FMI (Fundo Monetário Internacional).

Ao ser questionado pelos jornalistas sobre as razões e impactos da interferência do governo na política de preços da estatal, Guedes disse que prefere se “informar melhor” quando voltar ao Brasil, mas citou os caminhoneiros ao dizer que o presidente se preocupa com efeitos políticos do reajuste do diesel.

“O presidente já disse para vocês que ele não é especialista em economia. Então é possível que alguma coisa tenha acontecido lá. Ele ao mesmo tempo é preocupado com efeitos políticos. Estavam falando em greve dos caminhoneiros, esse tipo de coisa”, afirmou.

Guedes disse ainda que ainda que é possível “consertar tudo”, se “eventualmente” Bolsonaro fizer “alguma coisa que não seja muito razoável”.

“Acho que o presidente tem muitas virtudes, fez muita coisa acertada e ele já disse que não conhece muito a economia. Então, se ele eventualmente fizer alguma coisa que não seja muito razoável, tenho certeza que nós conseguimos consertar. Uma conversa conserta tudo”, afirmou o ministro.

Na véspera, Guedes, se negou a comentar a decisão de Bolsonaro. “Eu não sei nem do que vocês estão falando”, disse o ministro.

Fonte: G1