Após confusão, votação da Previdência na CCJ é adiada

O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados, Felipe Francischini (PSL-PR) decidiu encerrar a sessão de hoje sem votar o parecer sobre a reforma da Previdência. Com isso, a votação foi adiada para a semana que vem.

A decisão foi tomada após uma interrupção da sessão por 15 minutos, por conta de uma confusão em frente à mesa diretora da comissão.

Havia sido aprovado um requerimento para inversão dos trabalhos, o que fez com que a votação se tornasse o primeiro item da pauta. Deputados do PT, PCdoB, PSOL e PSB, então, se postaram à frente da mesa do presidente da CCJ para questionar a derrubada de outros requerimentos e de questões de ordem da oposição.

Os oposicionistas tentaram atrasar o processo de votação com diversas questões de ordem e com a apresentação de vários requerimentos. Parlamentares contrários ao texto também cobraram a presença do relator da reforma da Previdência, delegado Marcelo Freitas (PSL-MG).

Freitas registrou presença, mas não estava na sala. Ele estava reunido com líderes de partidos para discutir possíveis modificações em seu parecer, de acordo com Francischini (PSL-PR).

Sem base articulada, governo enfrenta dificuldade

O governo tem enfrentado dificuldades para votar o parecer da reforma da Previdência na CCJ. O próprio líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), afirma que o presidente Jair Bolsonaro ainda não tem uma base formada.

“A bancada do PSL, hoje, é uma das mais infiéis ao partido. A gente sabe que boa parte deles [dos deputados] sofre pressão das redes sociais”, disse Waldir.

Fonte: Uol