Deputados cobram transparência do governo com gastos na pandemia: ‘secretário tem que responder’

Os deputados estaduais Teresa Britto (PV) e Marden Menezes (PSDB), comentaram nesta terça-feira (02/02) sobre a prestação de contas do Governo do Piauí, referente aos gastos com a pandemia.

A parlamentar, cobrou do secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, o urgente encaminhamento de todos os gastos efetuados pelo poder Executivo com a pandemia no ano passado, e lembrou que já havia apresentado requerimento e feito solicitação verbal durante audiência pública na legislatura anterior, mas até o momento não obteve resposta.

“Não adianta dizer que gastou R$ 20 milhões, R$ 50 milhões e a gente não ter conhecimento como órgão de controle e fiscalização. O secretário tem que responder. Eu quero essa explicação. O nosso requerimento foi aprovado aqui neste plenário e ele nem ligou, não forneceu nenhum dado. Queremos saber todas as despesas ítem por ítem, principalmente agora que a Polícia Federal e o Ministério Público estão investigando esses dados”, comentou.

Já o deputado Marden Menezes (PSDB) disse que o Piauí está vivendo mais um escândalo de corrupção na utilização de recursos públicos, com superfaturamentos que chegam a mais de 500% dos valores de mercado dos produtos adquiridos pela Secretaria de Saúde. Para ele, o fechamento dos hospitais de campanha foi uma tragédia sentida agora quando o governo anuncia que está em colapso a oferta de Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

“O governador usa o sofrimento do povo do Amazonas para fazer mídia nacional, mas não enxerga o sofrimento dos piauienses do interior que estão morrendo devido a falta de vagas nos hospitais. Estamos trazendo a público a maneira improvisada com que o governo trata os pacientes da pandemia”, denunciou.

Retomando o pronunciamento, Teresa Britto lamentou o fechamento dos hospitais de campanha Pedro Balzi e do Verdão sem nenhuma discussão com a Assembleia Legislativa e com os conselhos de Medicina e Enfermagem e defendeu que o decreto estadual seja revisto para que as pessoas tenham liberdade de trabalhar.

“Ele determinou a restrição de horários e até mesmo proibiu o funcionamento e o trabalho de algumas categorias. Desde o ano passado muitos perderam a vida e outros perderam o emprego, a fonte de renda. O que é preciso é que as pessoas trabalhem e sejam fiscalizadas com rigor, mas o fim de tudo isso virá somente com a vacina, que até agora só alcançou 1% dos piauienses”, lamentou.