Bolsonaro defende “limpa” no Ibama e ICMBio para ajudar produtor

Durante abertura da maior feira nacional de agronegócio, a Agrishow, em Ribeirão Preto, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) defendeu o uso de arma para legítima defesa em propriedade privada e uma “limpa” no Ibama e ICMBio, ligados ao ministério do Meio Ambiente.

Para o presidente, o chefe da pasta do meio ambiente, Ricardo Salles, tem tomado medidas para “limpar” os órgãos e melhorar a fiscalização e a comunicação com os produtores. “Tem que haver fiscalização sim, mas o homem do campo tem que ter o prazer de receber o fiscal e, em um primeiro momento, se orientar para que possa cumprir as leis”, afirmou. Salles acompanhou Bolsonaro na abertura do evento, assim como a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

Ao falar da ação dos órgãos junto aos produtores locais, Bolsonaro acusou antigos governos de utilizar 40% dos recursos recebidos em multas ambientais para “retroalimentar uma fiscalização xiita”, que atendia a nichos que não ajudavam ao meio ambiente. O presidente elogiou também a ajuda de Salles durante as articulações do governo para a aprovação da reforma da Previdência.

Outra proposta defendida por Bolsonaro durante evento foi o uso de armas de fogo por civis para legítima defesa dentro da propriedade privada. “Para nossa segurança jurídica no campo, a propriedade privada é sagrada e ponto final”, disse. O presidente contou que, durante conversa com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o deputado afirmou que vai apresentar um projeto de lei para que a arma de fogo seja utilizada em todo perímetro da propriedade.

Segundo Bolsonaro, o importante é o “cidadão de bem” causar medo no invasor e não o contrário. Em outra oportunidade, o presidente comentou a medida e disse que a causa seria integrantes do Movimento Sem Terra (MST), que invadem a propriedade privada, chamando-os de “terroristas”.

“O que eu quero como chefe do Executivo? Eu quero, na verdade, resumindo, não atrapalhar quem produz”, disse Bolsonaro, ao afirmar que tira o estado do “cangote” dos produtores rurais. “O agronegócio e um dos setores que está dando certo desde muito tempo e temos que valorizar quem trabalha nessa área”, completou.

Além das medidas, Bolsonaro mencionou ações do ministério da Infraestrutura de modernizar e privatizar portos brasileiros e de finalizar as obrar da BR-163, iniciada pelo governo de Geisel. Ele lembrou da construção do maior colégio militar brasileiro no campo de marte, em São Paulo, e comentou sobre a atuação do governo do estado e do ministro de Tecnologia, Marcos Pontes, em avançar em serviços de tecnologia no Brasil. “Em grande parte, nós temos muito a oferecer ao mundo, então esse casamento é mais do que perfeito”, afirmou, finalizando discurso.

Fonte: Metrópoles