O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quarta-feira (21/07) durante entrevista à rádio Jovem Pan que fará uma “mudança ministerial” na próxima segunda-feira (26/07).

“Estamos trabalhando, inclusive, uma pequena mudança ministerial, que deve ocorrer na segunda-feira, para ser mais preciso, e para a gente continuar aqui administrando o Brasil. Temos uma enorme responsabilidade, sabia que o trabalho não ia ser fácil, mas realmente é muito difícil. Não recomendo essa cadeira para os meus amigos”, afirmou Bolsonaro.

Após o anúncio, as especulações em torno da nomeação do senador Ciro Nogueira, presidente do Progressistas, para a Casa Civil, ganharam ainda mais força. A mudança já teria sido discutida em uma reunião realizada na tarde desta terça-feira (20/07) no Palácio do Planalto. 

Se confirmada, a ida de Ciro Nogueira para o mais importante ministério do governo terá por objetivo reorganizar politicamente no momento em que ele enfrenta sua maior dificuldade política, com a CPI da Pandemia, e ao mesmo tempo as maiores taxas de rejeição e de baixa popularidade. Pesquisas internas do governo apontam o mal momento do presidente.

Conforme matéria veiculada na CNN, o próprio Ciro já estaria dando sinais de insatisfação com o governo, sugerindo, inclusive, que poderia romper a relação de alinhamento político. O senador se irritou recentemente com uma autorização do Ministério da Economia de R$ 800 milhões para o Piauí que, por meio da operação de crédito, pretende reforçar o orçamento em infraestrutura, saúde e segurança.

Com a nomeação, ele finalmente daria um ministério de peso a um senador, um debate antigo dentro do governo tendo em vista não haver nenhum integrante da casa no alto escalão da Esplanada. 

Dessa forma, Ramos pode ir para a Secretaria-Geral da Presidência, atualmente comandada por Onyx Lorenzoni. O Planalto também não descarta dar a Onyx uma nova função na Esplanada. Um dos destinos seria um novo ministério, que poderia absorver funções hoje concentradas no Ministério da Economia.

*Com informações da CNN