A Operação Dictum foi uma das ações de maior repercussão realizadas no Piauí. Não era para menos, já que os investigados eram policiais civis e militares, que faziam parte de uma organização criminosa especializada em crimes como roubo cargas e assassinatos por encomenda.

O que não era de se esperar, é que um dos envolvidos na organização, identificado como Adonias Lopes de Sousa, um policial civil, não fosse indiciado durante a produção do inquérito policial. Vale deixar claro que nos autos do inquérito consta que a vítima relatou que foi extorquida por Adonias Lopes e Renê Costa. Juntos, os dois policiais subtraíram inúmeras caixas de cigarros e ainda cobraram R$ 40 mil para que a vítima não fosse presa em flagrante.

Renê Costa foi preso no dia 03 de dezembro, após se apresentar na sede do GRECO, no entanto, sequer foi pedido um mandado de prisão preventiva em desfavor de Adonias, que foi reconhecido e citado pela vítima.

Há quem diga que Adonias é “segurado” por um dos costas largas no mundo da política piauiense. E que, inclusive, o policial é cabo eleitoral desse “herói”, da cidade de José de Freitas, que conseguiu a proeza dele não ter sido sequer indiciado.

Infelizmente, esse não foi e não será o primeiro caso em que esse tipo de coisa acontece. Mas as autoridades responsáveis ainda podem e devem tomar as devidas providências. Enquanto isso a população de bem questiona: Onde está a justiça?