Escândalo: Capitão que será candidato tenta fazer acordo com a 'Galera do Grau'

Nas redes sociais estão circulando áudios de uma conversa entre a assessoria do Capitão Tanaka, que é pré-candidato, e os organizadores da “Galera do Grau”, marcando uma reunião com o capitão. Tanaka ficou bastante conhecido após realizar inúmeras apreensões de sons na cidade de Teresina, com a justificativa que estava combatendo a poluição sonora.

Para quem não conhece, a “Galera do Grau” é um grupo de motoqueiros que realizam manobras em vias públicas (avenidas), como levantar pneus, e geralmente não respeitam as leis de trânsito. Os integrantes desse grupo geralmente não usam retrovisores, mudam o escapamento do veículo, que emitem poluentes e provocam um barulho ensurdecedor.

Nos áudios, a assessoria do Capitão Tanaka informa o horário da reunião e afirma que no local vai ter uma viatura da Polícia Militar, mas que o grupo não precisa se preocupar, porque será só uma conversa, pois o objetivo é escutar os integrantes do grupo. Já em um outro áudio, um dos integrantes explica que não terá ‘grau’, e que eles irão só para tentar um acordo para eles terem um espaço na cidade. Inclusive, o jovem relata que os policiais sabem que tem motos atrasadas e até roubadas.

Escute os áudios:

Outro lado:

O Capitão Tanaka informou que a reunião foi convocada pelo grupo e que ele foi como policial militar, e não como pré-candidato.

“Eles me convidaram para uma reunião para conversar sobre onde eles poderiam fazer, ou não, o ‘grau’. Escolheram eu, porque sou eu que bato em cima disso. Disse a eles que não podem fazer isso no meio da rua, nunca. Mas que eles poderiam solicitar para o secretário, ou o prefeito um local. A assessoria disse que a viatura ia, mas eles não poderiam fazer “baderna”. Ficou decido que eles não podem fazer isso no meio da rua, e nem na Ponte Estaiada, porque com certeza a polícia vai pegar e vai autuar em flagrante. Fui ouvi-los”, disse.

Polícia Militar

Entramos em contato com o coronel Lindomar Castilho, comandante da Polícia Militar, mas ainda não obtivemos retorno.