Depressão pode ter feito 20 adolescentes desmaiar e vomitar em escola do Piauí

Imagine a cena da Netflix: um grupo de 20 adolescente, do sexo feminino, grudadas no celular, em um recreio normal de uma escola. Quando, de repente, as 20 passam mal, desmaiam e vão parar no hospital.

Não é cena de filme. Isso aconteceu de verdade na Unidade Escolar Otávio Falcão, na cidade de Porto, Norte do Piauí, em um dia “normal” do colégio, segundo o diretor, Dário Cardeck, declarado à imprensa local.

O “povo” da cidade, como sempre, começou inventar fofoca, por não saberem o motivo dos vômitos e desmaios. A primeira informação dizia que a escola tinha problemas espirituais. Tipo “Caça Fantasmas”.

Eu não duvido, pois o sobrenome do diretor é parecido com o sobrenome do pai do espiritismo, Alan Kardec. “A maioria dos casos de mal súbito acontecem com meninas, elas possuem problemas com depressão, passam muitas horas no celular, chegando muitas vezes a ficar sem dormir por dias”, comentou Dário.

A Polícia Civil descartou, até o momento, a hipótese dos menores terem tido algum tipo de intoxicação. A Seduc já enviou nota negando que tenha responsabilidades sobre o caso. Então, quem são os culpados?

Depressão mata jovens!

Dentre as vítimas levadas ao hospital, o delegado informou haver casos de depressão, síndrome do pânico e automutilação. Problemas emocionais difíceis de identificar. Diferentemente de problemas de saúde física, em que os sintomas são claros.

Essas alunas, provavelmente, manifestaram transtornos de humor, alterações comportamentais, sem a família ou escola perceber.

Quando o humor de uma jovem torna-se persistentemente negativo, passando a causar prejuízos, ela pode estar atravessando um episódio de depressão.

Ao identificar um aluno em sofrimento, a conversa com a criança e com os pais deve ser empática. É importante que os adultos compreendam o sofrimento do jovem e ofereçam ajuda. A escola pode fornecer informações que auxiliem a família a lidar com o problema (Foto: Tomás Arthuzzi)

No caso da depressão entre adolescentes, como, supostamente, aconteceu com as meninas de Porto, ela culminou em um mal-estar emocional prolongado. Esse mal-estar, junto a outros fatores, levou ao extremo do mal súbito coletivo das garotas.

Há muito tempo que as jovens dessa escola precisam de uma ajuda psicológica e ninguém, nem família, nem a própria escola, percebeu. Elas precisam de ajuda urgente!

Se a família ou o colégio continuarem ignorando os problemas psicológicos delas, é provável que acabem como muitos outros jovens que sofrem por dentro e não conseguem um apoio emocional: dentro de um caixão. Vai Encarar?

Alterações significativas no comportamento podem ser observadas:

#Acessos de tristeza

#Irritação e raiva combinados

#Isolamento

#Queda no rendimento escolar

#Perda ou ganho de peso

#Ocorrência de comentários autodepreciativos ou desesperançosos em relação ao futuro

#Demonstração do desejo de pôr fim à vida

#Desinteresse em realizar atividades que demonstrava prazer anteriormente