OCB-PI: Organização gerida por condenados e envolvidos em processos judiciais

O perfil dos gestores da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB-PI), também denominada Ocepi, tem chamado atenção pelo fato dos nomes estarem envolvidos em processos judiciais e, até mesmo condenações. A começar pelo próprio presidente, Isaías Sebastião de Almeida Neto, investigado por acobertar e chancelar a manutenção de diversas cooperativas fantasmas no Piauí. Segundo as denúncias, são cooperativas criadas apenas no papel com o objetivo de fraudar bancos e entidades governamentais por meio de empréstimos ou doações públicas e, nas eleições da instituição, votar a favor da manutenção dos atuais gestores no sistema, numa clara defesa de interesses próprios de ambos os lados.

Essas falsas cooperativas receberam da OCB-PI, certificado de registro e regularidade fiscal, documentos necessários para projetos e financiamentos milionários. Os atos do gestor causam uma verdadeira crise de segurança jurídica no sistema cooperativista, bem como a possibilidade de fraudes bancárias e contra o poder público. 

Arimatéia Costa

Arimatéia Costa — Foto: Reprodução

O superintendente da Organização, Arimáteia Costa, foi investigado pela Polícia Federal por uso da função pública para interesses escusos. Conforme as investigações, o superintendente fez várias correspondências falsas em nome das cooperativas do Estado, ferindo, assim, princípios como o da ética, da moralidade e da transparência. Na denúncia, ele assumiu sua culpabilidade e responde a processo judicial. Arimatéia deveria ter sido afastado, entretanto, permanece no cargo por decisão pessoal do presidente do sistema.

É do presidente, também, a decisão de manter na atual gestão do sistema o secretário geral, Pedro Ferreira, denunciado pelo Ministério Público do Estado pelos crimes de estelionato, fraude em pagamentos com cheques, apropriação indébita e associação criminosa. 

Leonardo Eulálio


Vereador Dr. Leonardo Eulálio — Foto: Reprodução

O médico e vereador Leonardo Eulálio, também assumiu cargo na diretoria da OCB-PI. Mas em seu histórico há uma série de denúncias por desvios de recursos, e justamente por esse motivo, foi destituído da cooperativa Unimed.

Funcionária fantasma

Não bastasse isso, uma funcionária identificada como Regina Lúcia Lira Leite, foi dispensada da Organização, para que pudesse trabalhar como secretária particular de Leonardo Eulálio, durante sua campanha eleitoral de vereador nas últimas eleições de Teresina. Ainda assim, Regina ficou durante meses, na condição de funcionária fantasma e recebendo normalmente seu salário de R$ 2.673,00 e todos os demais benefícios.


Com informações do KD Notícias