Prefeitura de Campo Maior diz que crianças foram postas em risco para fazer matéria da TV Clube

Uma reportagem da TV Clube, transmitida em vários programas da Rede Globo essa semana, tem gerado polêmica entre a prefeitura de Campo Maior e a emissora.

A reportagem da jornalista Neiara Pinheiro mostrou a necessidade do município de possuir uma ponte para o tráfego de moradores da comunidade Passagem da Negra.

Segundo a assessoria da prefeitura, a matéria teria escondido as informações prestadas pelo Prefeito Ribinha. Afirmou também que crianças foram postas em risco para a produção da matéria.

“Mesmo com a van na porta de casa, lideranças políticas locais incentivaram a travessia de moradores, colocando em risco a vida de pais e crianças, apenas para que a emissora realizasse as imagens.” afirmou Otávio Neto, coordenador de comunicação da cidade.

O assessor disse ainda que o Prefeito Ribinha teria realizado o que estava dentro do orçamento do município: disponibilizar uma van exclusiva para os alunos da comunidade e construiu uma estrada alternativa para que os moradores evitem o rio.

“O tempo mínimo disponibilizado para o prefeito na reportagem não condiz com a seriedade da Rede Globo e com os preceitos éticos do jornalismo. A prefeitura respeita e entende que a imprensa é essencial para a democracia, mas repudia reportagens tendenciosas que omitem informações com intuito de denegrir a imagem da gestão.” finalizou Otávio.

Prefeito Ribinha

Procurado pela reportagem do Portal Encarando para falar sobre o assunto, o diretor de jornalismo da TV Clube Paulo Nóbrega afirmou que não recebeu nenhum pedido de matéria de alguém de “situação” ou “oposição”.

Paulo Nóbrega

“Fazemos jornalismo, não política. A matéria que demos no ano passado para o Fantástico, sobre o assunto, completou 1 ano. Por isso voltamos ao local, para ver a situação das crianças. Fomos 4 vezes à comunidade e, por duas vezes, o transporte (van) não pôde buscar os alunos, por causa da chuva na estrada. Mostramos e falamos isso na matéria. Nessas duas vezes, para não perderem aula, crianças e pais voltaram a usar as bóias na travessia do rio. Nós vimos e registramos.” afirmou Paulo.

Assista a matéria: