Pandemia e CPI da Covid: disputa de ideologias aquece polarização e transforma redes sociais em zona de guerra


A pandemia do coronavírus no Brasil não deveria ser tratada com polarização ou teoria conspiratória contra um governo ou outro, no entanto, o cenário tem sido de uma zona de guerra e, a ‘opinião’ de cada um, por vezes, acaba se sobressaindo ao que é realmente importante, a luta pela sobrevivência. De já, deixamos claro que o conteúdo a seguir, trata-se de uma análise do cenário político brasileiro focado na disputa entre direita e esquerda, que tem sido massificada através das redes sociais.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, aflorou ainda mais o embate entre os grupos pró e contra Bolsonaro. Dessa forma, é observado o seguinte: A direita, cega na discussão, acaba não enxergando os erros do presidente, que causaram milhares de mortes, e tudo isso, com medo da esquerda voltar ao poder. Enquanto a esquerda, busca ter a mesma visibilidade/popularidade de anos atrás, ainda mais agora, com o a volta do ex-presidente Lula à cena política. E essa polarização pode ganhar traços de autoritarismo em meio ao jogo político democrático.

Nessa terça-feira (04/05), os ânimos pró e contra governo afloraram ainda mais com o depoimento do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na CPI. Enquanto deputados da oposição ao governo federal usavam as redes sociais para repercutir as revelações do ex-ministro o vereador Carlos Bolsonaro, filho e apoiador do presidente, Jair Bolsonaro, publicou no Twitter uma série de momentos nos quais as falas e atitudes do ex-ministro não foram “compatíveis” com as medidas de segurança solicitadas por ele durante a pandemia.

Distanciamento social pra você e sinuca sem tudo o que digo pra fazer pra mim”, escreveu o vereador, ao publicar uma foto Mandetta jogando sem máscara em um bar. Em outra publicação, o filho do presidente mostra um corte de sete segundos do ex-ministro dando razão a Jair Bolsonaro falando que “a crise econômica vai matar as pessoas”.

Do outro lado, deputados federais da oposição usaram as redes para evidenciar as falas polêmicas do ex-ministro e enumerar uma série de omissões do presidente. No caso do líder do PT na Câmara, Bohn Gass, também houve publicação com foco em ações do ex-presidente Lula.

Apesar da negação, o que se vê é aqui é uma politização da questão, e o foco é 2022. Um grande erro! E por trás de tais posturas está uma mesma atitude fundamental: ambos os lados encaram tudo na sociedade como nada mais do que uma guerra pelo poder. Contudo, há uma guerra maior que ainda tem que ser vencida, e o vírus é apartidário.