EUA formalizam aval à indicação de Eduardo Bolsonaro para embaixada de Washington

Os Estados Unidos formalizaram o aval para indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL/SP), filho de Jair Bolsonaro, para ser o embaixador do Brasil em Washington.

O Itamaraty, que já foi informado da decisão, comunicará o presidente. Ele encaminhará, então, a sua indicação para o Congresso Nacional. Antes de assumir o posto, Eduardo Bolsonaro precisa passar por uma sabatina na Comissão de Relações Exteriores. Ao final da sabatina, o colegiado submete a indicação à votação secreta. Se for aprovada, a indicação vai ao plenário do Senado.

O ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, tem uma reunião prevista com Eduardo Bolsonaro na manhã desta sexta em Brasília.

Normalmente o “agrément”, como é chamado esse processo de consulta, é feito de maneira sigilosa para evitar constrangimento no caso de o país que vai receber o embaixador rejeitar o nome indicado.

Porém, Jair Bolsonaro e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, trataram do assunto publicamente. O chefe de estado brasileiro anunciou sua intenção de indicar o filho quando ele completou 35 anos – condição para assumir o posto.

No fim de julho, Trump já tinha elogiado a escolha de Eduardo para a representação diplomática. “Conheço o filho dele [Jair Bolsonaro], e eu considero que o filho dele é extraordinário, um jovem brilhante, incrível, estou muito feliz pela indicação”, disse Trump.

Na avaliação de Trump, a indicação não configuraria nepotismo. “Não, eu não acho que é nepotismo porque o filho ajudou muito na campanha. O filho dele é extraordinário, ele realmente é”, afirmou.

Trump nomeou a filha Ivanka como assessora especial do governo e o marido dela, Jared Kushner, como conselheiro sênior. Como funcionários de alto escalão da Casa Branca, filha e genro do presidente não estão na folha de pagamento. Assim, escapam da lei antinepotismo que vigora desde 1967.

Fonte: Agência Brasil